Seis estados planejam 4ª dose; MS já a aplica em pessoas com 60 anos
Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde é de que a quarta dose da vacina seja aplicada somente em imunocomprometidos
atualizado
Compartilhar notícia
Enquanto não há definição do Ministério da Saúde sobre a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, seis estados planejam iniciar a ação.
Mato Grosso do Sul largou na dianteira e já disponibiliza a quarta dose de proteção para pessoas a partir de 60 anos. Foi a primeira unidade da Federação a adotar a medida.
Nesta sexta-feira (11/2), São Paulo anunciou que adotará a medida a partir de abril para pessoas com 60 anos ou mais. Lá, o governador João Doria (PSDB) defende a disponibilização da nova dose para toda a população.
O Rio de Janeiro também já definiu que irá oferecer a quarta dose para os cariocas. A previsão é que a imunização comece ainda em 2022, mas será aplicada somente um ano após a terceira dose.
Os governos do Ceará, Acre, Rio Grande do Norte e Espírito Santo planejam a aplicação e admitem que estão estudando a forma que isso pode ocorrer.
Atualmente, a recomendação do Ministério da Saúde é que a quarta dose seja aplicada em imunocomprometidos. Esse grupo passou a receber mais uma dose do imunizante em dezembro de 2021.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defende que diversos trabalhos científicos publicados demonstram que contra a variante Ômicron é necessário o esquema com três doses para melhor proteção dos indivíduos.
“Portanto, a medida mais urgente em termos de vacinação para o país é avançar no percentual de pessoas que já completaram o esquema básico com dose de reforço”, afirma a sociedade, em comunicado assinado pelo presidente Alberto Chebabo.
A maior preocupação, em tese, de quem defende a quarta dose é conter o avanço da variante Ômicron – cepa que é mais contagiosa.
Versão oficial
O Ministério da Saúde admite que a equipe técnica estuda a aplicação, mas que ainda não tem indicativos para a recomendação.
Em nota técnica, publicada no início da semana, a pasta argumentou que ainda é preciso “analisar informações sobre hospitalizações e a relação com a população vacinada”.
Desde o início da pandemia, 27,1 milhões de pessoas receberam o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, sendo que mais de 637 mil morreram em decorrência da doença.
Cerca de 152 milhões de brasileiros estão totalmente vacinados (esquema com duas doses ou dose única).