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Segurança confunde menino negro com pedinte e mãe denuncia racismo

Jornalista Suzana Berelli relatou que segurança retirou a criança de uma confeitaria alegando que ali não eram permitido pedintes

atualizado

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Centro comercial de Perdizes
1 de 1 Centro comercial de Perdizes - Foto: Google Street View

São Paulo – Um menino de 10 anos e sua mãe pretendiam comer um brigadeiro em uma confeitaria localizada em um centro comercial de Perdizes, bairro nobre da zona oeste de São Paulo. De acordo com a mãe, os dois foram impedidos por um ato de racismo. Um segurança retirou o menino, negro, da loja alegando que “não pode ter pedinte no local”.

A mãe, a jornalista Suzana Barelli, denunciou o caso em suas redes sociais. “Racismo é crime!!! A interpretação deste segurança e de seus chefes é que criança negra = pedinte que importuna os clientes e deve ser afastada”, escreveu.

Ela também publicou um vídeo no qual pede explicações para o segurança. O caso ocorreu na sexta-feira (25/3) em uma das lojas da rede de franquias Amor aos Pedaços localizada no centro comercial Instant Center. No vídeo, o segurança se recusa a se identificar e diz que “é a regra do condomínio, não pode as pessoas pedirem coisas”. Ele, no entanto, não explica porque abordou o filho de Suzana.

“Racismo puro! A minha pergunta é: como as lojas que funcionam no local vão reagir a isso?”, questionou Suzana, que, além da Amor aos Pedaços, citou outras empresas como Hering, Drogasil, QBurger e Da Pá Virada Gelateria. “Vocês estão com a palavra. Vão continuar atuando em endereços que usam seguranças com esta mentalidade? Ou vamos trabalhar para mudar esta realidade?”

Em entrevista à TV Globo, a mãe contou que o menino estava em uma consulta com o terapeuta e, como de costume, ela comprou um brigadeiro para o filho. Ele chegou, sentou-se ao lado dela, mas logo foi abordado pelo segurança.

O garoto disse que não entendeu porque o homem tentou tirá-lo do local. “Eu pensei: ‘eu sou tão ruim assim para pessoa me tirar?’. Eu me senti meio mal”, falou.

Em nota, o Instant Center afirmou: “Lamentamos profundamente o que ocorreu em nosso empreendimento no dia 25 de março. Declaramos que a Instant Center repudia qualquer tipo de discriminação, preconceito e violência e preza pelo respeito mútuo.  Reforçamos que nossa empresa possui valores que enalteçam o respeito, o relacionamento, a segurança e a qualidade no atendimento a todos. Diante de todos os fatos, a diretoria da empresa apurou detalhadamente o caso e acionou as equipes internas, bem como a empresa de segurança terceirizada para seguir com medidas cabíveis e necessárias”.

 

Seguimos atentos aos acontecimentos e reiteramos nosso compromisso em prosseguir e garantir o respeito e a igualdade em todas as nossas condutas internas e externas.

 

 

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