Segundo polícia, mulher não foi enterrada viva e mãe acaba indiciada
O caso de Rosângela Almeida Santos, que a família alegou ter sido enterrada viva na Bahia, teve uma reviravolta
atualizado
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O caso chocante da morte de Rosângela Almeida Santos teve uma reviravolta. A polícia concluiu que a mulher, que segundo a família teria sido enterrada viva em Riachão das Neves, interior da Bahia, estava mesmo morta ao ser colocada no caixão.
O inquérito foi finalizado no dia 7 de março e encaminhado à justiça. Várias testemunhas e especialistas foram ouvidos, incluindo o profissional de uma funerária. Ele garantiu que o crime não poderia ter ocorrido. “Foi constatado que o corpo estava do mesmo jeito do enterro”, informou o delegado Arnaldo Alves, responsável pela investigação.
Alves indiciou a mãe da falecida, Germana Almeida, por violação do túmulo. O crime está previsto no artigo 210 do Código Penal, com pena de reclusão de um a três anos. O delegado, porém, sugeriu que o caso seja arquivado, pois a mulher estava em um quadro psicológico abalado diante de toda a situação. A decisão ficará por conta da justiça.
“Depois que eu ouvi a mãe, eu notei que ela estava transtornada. O que é natural para perda de um filho. Ela estava abalada psicologicamente. Solicitei um parecer psicológico da mãe e ele dizia, entre outras coisas, que ela estava muito perturbada com a ideia de que a filha ainda estivesse viva”, disse.
Rosângela faleceu no dia 28 de janeiro, tendo como causa de morte choque séptico. A baiana estava internada no Hospital Oeste, em Barreiras (BA), devido a uma grave infecção respiratória.
O caixão foi depositado em uma urna funerária no dia seguinte. Algumas testemunhas da vizinhança, porém, alertaram a família da mulher que estavam ouvindo gritos do caixão.