Segundo PM morto por atirador no RS será sepultado nesta sexta-feira
Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, foi ferido na cabeça por Edson Fernando Crippa. Ao todo, 4 pessoas foram mortas, dentre elas outro PM
atualizado
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O PM Rodrigo Weber Volz, de 31 anos anos, será sepultado nesta sexta-feira (25/10), em Canoas (RS). O policial é uma das vítimas do atirador Edson Fernando Crippa, que matou quatro pessoas – dois policiais militares, o pai e o irmão – e feriu outras 8, dentre elas, a mãe e a cunhada, e acabou morto.
A morte de Rodrigo foi confirmada na tarde de quinta-feira (24/10). Ele estava internado no Hospital Municipal da cidade onde servia desde quarta-feira (23/10).
“O soldado Rodrigo era um exemplo de conduta e atuação para seus colegas. Era admirado por seus comandantes. Deixa uma lacuna entre os pares por ser um jovem com futuro promissor como servidor da nossa segurança pública”, declarou o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio Feoli.
O PM entrou para a Brigada Militar em 2016, aos 23 anos. “Mostrou em todos os dias em que desempenhou suas funções extremo comprometimento, competência e responsabilidade. Caridoso, gentil e trabalhador, sempre cativou seus colegas de trabalho, pelos quais nutria especial apreço e estima, cultivando em seu âmago a camaradagem para com seus colegas”, diz nota divulgada pela corporação.
O velório começará às 10h, no Cemitério São Vicente, em Canoas. O sepultamento está marcado para 17h. O soldado deixa os pais e a esposa.
Com a confirmação da morte de Ricardo, o número de vítimas de Edson Fernando Crippa, que foi encontrado sem vida dentro de casa pela polícia, após troca de tiros, sobe para quatro: além de Rodrigo Volz também foram vítimas dos tiros o policial militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos, o pai do atirador, Eugênio Crippa, de 74 anos, e o irmão dele, Everton Crippa, de 49. Os três foram sepultados na quinta-feira (24/10).
Outras oito pessoas ficaram feridas, dentre elas o também policial militar João Paulo Farias Oliveira, de 26 anos, que foi baleado na cabeça, e continua internado em estado grave no hospital de Novo Hamburgo. Além dele, a mãe do atirador, Cleris Crippa, e a cunhada dele, Priscilla Martins, também estão em estado grave. Elas seguem na UTI do Hospital Centenário, de São Leopoldo.
O caso
O caminhoneiro Edson Fernando Crippa, de 45 anos, fez a família de refém em Novo Hamburgo (RS). Ele matou quatro pessoas: o pai, o irmão e dois policiais militares. No total, 12 pessoas foram vitimadas pela troca de tiros entre Edson e a Brigada Militar.
Edson tinha quatro armas registradas no nome dele, segundo o Sistema de Consultas Integradas: 1 pistola Taurus PT111G2 calibre 9 mm, 1 rifle calibre 22, 1 espingarda calibre 12 e 1 pistola .380.
De acordo com o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o atirador tem histórico de esquizofrenia e já foi internado quatro vezes por conta da doença. Edson Crippa era colecionador, caçador desportivo e caçador (CAC), sem antecedentes criminais, e tinha licença Sigma do Exército. “Todas as armas eram legalizadas”, informou Sodré.