Segundo Lula, pessoas com deficiência são invisíveis para a elite
Campanha do candidato à presidência promove reunião em São Paulo nesta quarta (21/9), Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência
atualizado
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São Paulo – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou na tarde desta quarta-feira (21/9) com representantes de movimentos que atuam em defesa dos direitos das pessoas com deficiência. A reunião ocorreu no Hotel Intercontinental, no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste da capital paulista.
“Por que que uma parte das pessoas rejeita o PT? É porque pessoas como vocês, e outras pessoas que não estão aqui, foram entendidas por uma parte da elite brasileira pra serem invisíveis, para não ter a oportunidade de sair na rua”, disse o candidato à presidência.
O ex-presidente afirmou que antes de seu governo não havia políticas públicas para pessoas com deficiência. “Destruíram não apenas o que nós conquistamos para as pessoas com deficiência, mas muitas outras coisas”, afirmou Lula.
“Golpe”
O candidato à Presidência continuou com as críticas: “Deram um golpe. Fizeram uma proposta de construir uma ponte para o futuro e cavaram um abismo. É nesse mundo que a gente está vivendo agora”.
Lula ainda afirmou que quer voltar a ser presidente do Brasil para fazer “mais”do que já fez em sua gestão no Planalto.
“Temos que descobrir novas necessidades para que esse País se modernize de uma vez por todas, que se humanize de uma vez por todas, para que esse País seja um país altamente civilizado. Quem sabe a gente consegue fazer com que nunca mais a negação da política permita a gente ter um presidente como a gente tem. Porque isso é resultado da negação da política”, disse.
Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência
O evento de campanha reuniu representantes dos movimentos Coletivo feminista Helen Keller, Movimento Vidas Negras com Deficiência Importam, Instituto João Clemente, Instituto Cáue – Redes de Inclusão, Coletivo Nacional de Trabalhadores com deficiência da CUT, setores de pessoas com deficiência do PT e do PSol, da Associação de Surdos de Sao Paulo e Rede In.
“A gente percebe que esse governo atual não tem nenhuma preocupação com as pessoas com deficiência. Ao contrário, os nossos direitos são retirados”, afirmou Jorge Felipe Suede, presidente da Associação dos Surdos de São Paulo.
Preocupações da comunidade
Os ativistas entregaram um documento com propostas para o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, caso o petista seja eleito presidente.
“Espero que o seu governo tenha a sensibilidade de pensar nas pessoas com deficiência e também nos surdos. Temos que ter preocupação com a língua de sinais, com intérprete, com escola bilíngue. Nós temos várias pautas que são importantes e que foram negadas, foram invisibilizadas no desgoverno anterior”, disse Jorge.
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A campanha do candidato petista à presidência da República marcou a agenda para o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A data foi instituída pela Lei nº 11.133, que foi assinada em 2005 por José Alencar, vice-presidente no mandato de Lula.