Segunda onda da pandemia em SP atinge pessoas mais jovens, diz governo
“O jovem não é imune ao vírus, também pode adoecer e morrer”, alerta o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn
atualizado
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São Paulo – A segunda onda da pandemia de Covid-19 em São Paulo tem atingido uma população mais jovem. De acordo com o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, é nítida a mudança no perfil etário na demanda por leito. De março a novembro, as internações se concentraram em pessoas entre 55 e 75 anos. Nas últimas três semanas, entretanto, a demanda tem se centralizado na população de 30 a 50 anos.
A maior concentração de diagnósticos positivos está entre os paulistas de 20 a 39 anos. Eles representam 40% dos casos, e o índice de mortalidade neste grupo é de 3,6%.
O secretário acredita que essa mudança na busca por hospitais se deve ao fato de que os jovens têm saído mais de casa. “São exatamente essas pessoas que continuam circulando, que continuam festejando, que continuam saindo para bares”, disse o titular da Saúde do estado.
“O jovem não é imune ao vírus, também pode adoecer e morrer. É importante lembrar o quanto ele é capaz de transmitir, tanto para a sociedade quanto para a própria casa, para os pais e avós”, alerta Gorinchteyn.
Como medida de contenção da propagação do vírus, o governo de São Paulo restringiu, até as 20h, o funcionamento dos bares e a comercialização de bebidas alcoólicas. Até então, a venda poderia ser feita até as 22h. O novo horário passa a valer a partir deste sábado (12/12).
O comércio, porém, passa a poder funcionar por 12 horas, mantendo a capacidade máxima de 40%, prevista na fase amarela, para compras de fim de ano partir de sábado. Antes, o limite era de 10 horas diárias. O horário máximo de funcionamento continua até as 22h.