Secretário responde servidores do meio ambiente: “Chegamos ao limite”
Proposta de reajuste salarial a servidores do meio ambiente não agradou a categoria, que ameaça greves. Secretário rebate
atualizado
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O secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Lopez Feijóo, respondeu a ameaça de greve feita por servidores do meio ambiente ante a ausência de acordo com o governo federal. Há previsão de que uma greve geral seja convocada no fim de junho.
Segundo Feijóo, assim como aconteceu no caso da negociação com docentes de universidades e institutos federais, o governo chegou “ao limite” da negociação e os servidores da área ambiental precisam reavaliar a proposta, pois não há outra oferta a ser feita.
O MGI formalizou, na última sexta-feira (7/6), o fim da mesa de negociação com a área ambiental do funcionalismo público. Entidades ligadas à área criticaram o fato de o anúncio ter sido feito na Semana do Meio Ambiente. O governo sustentou que a negociação já havia sido encerrada e faltava apenas a oficialização do término da mesa.
“O que eu já tinha avisado informalmente eles me pediram para avisar oficialmente. Então, não dá para criticar porque a gente oficializou. A resposta não muda porque é a Semana do Meio Ambiente”, afirmou o secretário, em entrevista ao Metrópoles realizada na última segunda-feira (10/6).
“Não é porque a gente não quer ir mais longe, é porque não tem espaço orçamentário. O Orçamento da União precisa atender todas as demandas do povo brasileiro. Isso significa o Bolsa Família, isso significa a política de valorização do salário mínimo, isso significa investimento em infraestrutura, significa a Previdência”, defendeu.
Feijóo disse ter “compreensão” do quanto estavam reprimidas as demandas do funcionalismo público nos últimos anos. “Agora, faz parte de um processo honesto de negociação quando você chega num limite, falar: ‘Gente, aqui não tem mais para onde ir’”.
Na quarta-feira (5/6), quando foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), e o presidente Lula (PT) apresentaram um balanço positivo da área ambiental durante o terceiro governo do petista. A ministra, inclusive, destacou a importância dos servidores na preservação da fauna e flora brasileiras.
Os reajustes oferecidos pelo governo vão de 19% a 30%, em 2025 e 2026. O impacto fiscal da proposta é da ordem de R$ 300 milhões. Segundo o governo, somado o que está sendo oferecido agora aos 9% de reajuste em 2023, está sendo dando 41,7% de reajuste em um mandato (2023-2026).