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Secretário rebate críticas sobre nota da Moody’s: “Voto de confiança”

Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron disse que a alta da nota da Moody´s representa uma oportunidade mais do que um desafio

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O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, rebateu nesta quinta-feira (3/10) as críticas de alguns agentes sobre a elevação da nota de crédito pela agência de classificação de riscos Moody’s. Segundo ele, a mudança representa um voto de confiança no país, sendo mais uma oportunidade do que um desafio. O secretário acrescentou ser “difícil imaginar” por que alguém está triste ou infeliz com a decisão. Há quem avalie que não seria hora de aumento da nota do Brasil.

Ceron afirmou que um dos grandes objetivos da equipe econômica sempre foi deixar como legado a recuperação do grau de investimento. “Todos aqueles que querem que o Brasil melhore deveriam estar comemorando. É difícil imaginar por que alguém está triste ou infeliz porque o Brasil está melhorando”, afirmou o secretário a jornalistas em coletiva para comentar o déficit de R$ 22,4 bilhões registrado em agosto.

Na visão dele, a materialização do grau de investimento depende de se cumprir o compromisso com a responsabilidade fiscal e a observância do arcabouço fiscal (a nova regra de controle dos gastos públicos).

“Essa mudança, esse voto de confiança da Moddy’s na entrega dos resultados fiscais, no cumprimento do arcabouço é um voto de confiança para o país, não para o governo”, prosseguiu.

Em seguida, ele defendeu que, além das reformas estruturais, sejam eliminados “ruídos” que atrapalhem no atingimento do grau de investimento. Nesse contexto, foram citadas análises sem isenção ou carregadas de “conflitos de interesse”.

“Todos aqueles que torcem pelo Brasil, torcem pelo investimento”, finalizou Ceron, defendendo um “pacto” entre os Três Poderes, além de estados e municípios, sociedade e mercado financeiro.

Avaliação positiva

Na segunda-feira (30/9), dias após reunião do presidente Lula (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com as agências de classificação de risco em Nova York, a Moody’s elevou a nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva de avaliação (rating, no jargão) positiva.

Essa revisão ocorreu poucos meses após a agência ter atribuído a perspectiva positiva ao rating do país, em maio de 2024. Agora, o Brasil está a um passo do grau de investimento pela Moody’s, nível que indica alta capacidade de um país ou empresa em honrar débitos.

Em seu comunicado, a agência Moody’s mencionou a melhora significativa no crédito do país, que se deve ao desempenho robusto do crescimento do PIB e ao histórico recente de reformas econômicas e fiscais, como a reforma tributária.

Nesse contexto, a agência chamou a atenção para a relevância do compromisso com as metas fiscais e com a trajetória de estabilização da dívida/PIB, considerando esses fatores fundamentais para a perspectiva positiva do novo rating.

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