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Secretário de Haddad sobre Milei: “Propostas são ousadas na campanha”

Secretário de Política Econômica, auxiliar do ministro Haddad, disse que é preciso aguardar a linha que será adotada pelo novo governo

atualizado

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Secretário Guilherme Mello
1 de 1 Secretário Guilherme Mello - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O secretário de Política Econômica e auxiliar do ministro Fernando Haddad, Guilherme Mello, disse nesta terça-feira (21/11) que Brasil e Argentina são parceiros comerciais e propostas tendem a ser mais ousadas na campanha.

Questionado sobre a eleição de Javier Milei como novo presidente da Argentina, o secretário afirmou que é preciso aguardar a linha que será adotada pelo novo governo.

“Brasil é um importante parceiro comercial da Argentina, assim como a Argentina do Brasil”, iniciou Mello em coletiva de imprensa na tarde desta terça, no Ministério da Fazenda.

“Temos uma relação grande com Argentina. E nós esperamos manter uma relação institucional, correta, positiva, com uma agenda de desenvolvimento regional. Obviamento nós temos que aguardar ainda qual vai ser a linha adotada pelo novo governo”, prosseguiu.

Mello completou: “Nós acabamos de sair de um processo eleitoral. Nós sabemos que um processo eleitoral ele sempre é um processo um pouco mais, digamos assim, afeito a propostas mais ousadas e depois o governo é outra realidade. Você tem que lidar com os seus parceiros, com o Congresso Nacional, com as forças políticas de dentro do país, de fora do país. Então, vamos aguardar, mas o Brasil está disposto, como sempre esteve, a construir uma agenda positiva de integração para a região. É isso que a gente acredita e é nisso que nós vamos trabalhar, seja com o governo que for, para construir nos próximos anos”.

Nessa segunda-feira (20/11), um dia após a eleição de Milei, Haddad desejou sorte ao novo presidente e falou sobre a necessidade da América do Sul “fortalecer a democracia”. O argentino é economista e tido como figura polêmica no país vizinho.

“Agora é desejar sorte. Celebrar o fato que o presidente Lula demonstrou apreço à democracia. Nosso continente tem que fortalecer a democracia, e aguardar os acontecimentos”, disse o ministro a jornalistas.

O que Milei, eleito, já disse sobre o que fará na economia

Dolarizar a economia

O ultraliberal Javier Milei confirmou nos últimos dias que levará a cabo o plano de dolarizar a economia do país. A medida, considerada radical por boa parte dos especialistas, é uma das propostas-chave da campanha de Milei, embora seja considerada de difícil execução.

Ele também confirmou que fechará o Banco Central da República Argentina (BCRA). A instituição é responsável pela execução da política monetária. Ou seja, ela usa os juros básicos (de curto prazo) para aquecer ou esfriar o mercado, dependendo do contexto.

Milei toma posse no dia 10 de dezembro, em cerimônia que não deve contar com a presença do presidente Lula (PT). Durante a campanha, o presidente brasileiro foi xingado de “presidiário comunista” e “corrupto” pelo então candidato, que se autointitulou um anarcocapitalista.

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