Secretário de Educação de Belford Roxo preso por desvio é exonerado
Após a exoneração do secretário de Educação Denis de Souza Macedo, o prefeito da cidade nomeou um farmacêutico para a vaga
atualizado
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O secretário de Educação de Belford Roxo (RJ), Denis de Souza Macedo, preso nessa terça-feira (9/7) durante a Operação Fames, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), por supostos desvios do dinheiro da merenda do município, foi exonerado do cargo pelo prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (Republicanos).
O prefeito de Belford Roxo nomeou para a vaga o farmacêutico Bruno Vinícius da Silva Oliveira, irmão do vereador Matheus Ricardo da Silva Oliveira, o Matheus Igual a Você (Republicanos). A informação consta no Diário Oficial da cidade, publicado nesta quarta-feira (10/7)
Questionada pelo Metrópoles, a prefeitura não explicou o motivo da nomeação de um farmacêutico para o comando da Secretaria de Educação.
Desvio da verba da merenda escolar
Segundo as investigações, Denis de Souza Macedo desviou, ao menos, R$ 6.140.602,60 do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
“Ao longo da investigação, foi possível verificar que agentes públicos atuantes na Secretaria de Educação de Belford Roxo, em conluio com pessoas jurídicas fornecedoras de merenda escolar e seus dirigentes, desviaram recursos públicos originalmente destinados à aquisição de merendas escolares para as unidades de ensino do município”, informou a PF.
“As fraudes eram realizadas mediante sucessivos pagamentos superfaturados, baseados em documentação falsa e destinados a empresas que foram contratadas para fornecer a merenda”, acrescentou a corporação.
A investigação também revela que o desvio dos recursos foi acompanhado do pagamento de vantagens indevidas, por parte das empresas fornecedoras de merenda, a agentes públicos do Município de Belford Roxo, “os quais se valeram de mecanismos de lavagem de dinheiro para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores recebidos”.
Busca e apreensão
Os agentes também cumpriram 21 mandados de busca e apreensão, “de forma a coletar mais elementos que possam estabelecer o montante total dos valores desviados”.
Os investigados podem responder pelos crimes de documento falso, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.