metropoles.com

Secretário de Damares pede “punição exemplar” a assassinos de congolês

Moïse Kabamgabe, de 25 anos, foi encontrado morto na orla da Barra da Tijuca, na segunda-feira (24/1), após ser espancado por três pessoas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Fotografia colorida de Moïse
1 de 1 Fotografia colorida de Moïse - Foto: Reprodução

A Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos — pasta comandada por Damares Alves —, solicitou, nessa terça-feira (1º/2), informações à Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a apuração do assassinato do congolês Moïse Kabamgabe, de 25 anos.

O secretário-adjunto do órgão, Esequiel Roque, cobrou uma “punição exemplar” dos suspeitos.

Moïse foi encontrado morto na orla da Barra da Tijuca na segunda-feira (24/1). De acordo com relatos de testemunhas, assim como o registro da câmeras, ele foi espancado por ao menos três pessoas com pedaços de pau.

A família do jovem relatou que, no momento em que foi atacado, o congolês estava no quiosque para cobrar diárias de pagamento atrasadas.

No ofício enviado à PCRJ, a secretaria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos manifesta preocupação com o ocorrido e afirma que acompanhará diariamente a apuração dos fatos.

13 imagens
Para escapar da violência e da fome no Congo, Moïse se mudou para o Rio de Janeiro em fevereiro de 2011, quando ainda era criança. Três anos depois, a mãe também passou a viver na capital fluminense
Moïse trabalhava como garçom, servindo mesas na praia, e recebia por diárias, em quiosque próximo ao Posto 8 da praia da Barra, na zona oeste da capital
 Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, no final de janeiro, no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca
Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram Moïse conversando com funcionários do quiosque. Em determinado momento, os ânimos se acirraram, e um dos homens pega um pedaço de madeira.  Moïse tenta se defender com uma cadeira
O homem que ameaçou Moïse deixou o local e, momentos depois, retornou com outras cinco pessoas, que amarraram os pés e as mãos do rapaz, e o espancaram até a morte
1 de 13

O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi morto na segunda-feira (24/1), próximo a um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro

Reprodução
2 de 13

Para escapar da violência e da fome no Congo, Moïse se mudou para o Rio de Janeiro em fevereiro de 2011, quando ainda era criança. Três anos depois, a mãe também passou a viver na capital fluminense

Reprodução
3 de 13

Moïse trabalhava como garçom, servindo mesas na praia, e recebia por diárias, em quiosque próximo ao Posto 8 da praia da Barra, na zona oeste da capital

Arquivo Pessoal
4 de 13

Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, no final de janeiro, no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca

Reprodução
5 de 13

Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram Moïse conversando com funcionários do quiosque. Em determinado momento, os ânimos se acirraram, e um dos homens pega um pedaço de madeira. Moïse tenta se defender com uma cadeira

Reprodução
6 de 13

O homem que ameaçou Moïse deixou o local e, momentos depois, retornou com outras cinco pessoas, que amarraram os pés e as mãos do rapaz, e o espancaram até a morte

Divulgação
7 de 13

Segundo testemunhas, o jovem foi agredido por, pelo menos, 15 minutos. Pedaços de madeira e um taco de beisebol foram usados para desferir os golpes contra ele. Policiais encontraram o corpo de Moïse, amarrado e já sem vida, em uma escada

Arquivo Pessoal
8 de 13

Familiares do congolês só souberam da morte quase 12h depois do crime, na terça-feira (25/1). O jovem foi enterrado no Cemitério de Irajá, na zona norte da cidade

Reprodução/TV Globo
9 de 13

Os familiares também atribuem o crime ao racismo e à xenofobia, que é o preconceito contra estrangeiros. Além disso, eles denunciaram que, quando foram retirar o corpo do jovem no Instituto Médico-Legal (IML), a vítima estaria sem os órgãos

Reprodução/TV Globo
10 de 13

Perícia realizada pelo IML indicou que Moïse tinha várias "áreas hemorrágicas de contusão" e também vestígios de broncoaspiração de sangue. Testemunhas afirmaram que a vítima implorou para que não o matassem

Reprodução
11 de 13

Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas por agentes da Polícia Civil. Segundo a família, cinco investigados estavam envolvidos no assassinato de Moïse

Reprodução
12 de 13

Na terça-feira (1º/2), um dos funcionários do quiosque se apresentou na delegacia e confessou ser um dos agressores. Segundo ele, os suspeitos tentaram evitar que o trabalhador agredisse um idoso, mas ninguém devia salário para a vítima

Reprodução
13 de 13

Em nota ao Metrópoles, a Polícia Civil afirma que periciou o local e analisou imagens de câmeras de segurança. As diligências estão em andamento para identificar os autores

Reprodução

O objetivo, segundo o documento, é “garantir o resguardo dos direitos humanos, bem como ofertar à família da vítima e à sociedade brasileira uma resposta imediata que não aponte para a impunidade dos violadores”.

“Temos que repudiar esse ato brutal e esperar nada menos do que uma punição exemplar. Em nome do ministério, nos solidarizamos com os familiares e amigos, bem como com toda a comunidade congolesa do Brasil”, afirmou o secretário-adjunto do órgão, Esequiel Roque, que viajará na próxima semana à cidade para acompanhar o caso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?