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Secretária pede proteção a vítima de bullying e agressoras: “São crianças”

Vídeo mostra alunas rindo e debochando de menina de 11 anos negra e autista. Secretaria de Educação defende não expor as crianças envolvidas

atualizado

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Reprodução
criança sentada em banco e outras duas em pé
1 de 1 criança sentada em banco e outras duas em pé - Foto: Reprodução

O caso da menina autista de 11 anos que foi vítima de bullying em uma escola estadual de Natividade (RJ) repercutiu muito nas redes sociais e demandou uma atitude da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) para proteger a vítima e as agressoras, que também são crianças.

“A escola é um lugar de paz, temos de promover a paz. É muito importante a sociedade entender que são crianças e que todos nós precisamos cuidar delas. Não podemos hostilizar as crianças. Elas estão trancadas em casa, com medo da reação da população”, afirmou a secretária de Educação do Rio de Janeiro, Roberta Barreto, em entrevista para a CBN.

O vídeo que circula nas redes sociais mostra uma estudante rindo e debochando de uma menina de 11 anos negra e autista. A agressora chega a tentar tocar no cabelo da vítima de maneira forçada. “Você não gosta do seu cabelo?”, diz em tom de deboche uma das agressoras.

Veja imagens:

A gravação também mostra que as outras meninas que assistem ao bullying riem e estimulam a violência. “Puxa o cabelo dela”, grita uma das garotas. Por fim, uma estudante começa a falar “chora, chora neném”, enquanto a vítima chora. Estudantes chegaram a fazer protestos contra bullying na escola, após a divulgação do vídeo.

Proteção das crianças

Essa situação aconteceu na Escola Estadual Flávio Ribeiro de Rezende. Um outro vídeo, da diretora da escola dizendo que a vítima e a agressora eram amigas, e culpando o uso de celular pela exposição das agressoras, também gerou críticas nas redes sociais.

No entanto, a Seeduc saiu em defesa do posicionamento da diretora. Para a pasta, a diretora alertou sobre a disseminação de imagens que podem expor as crianças e agiu para proteger todas as crianças, vítima e agressoras.

O Conselho Tutelar entrou na história e a polícia também está investigando. As crianças envolvidas foram afastadas para fazer atividades didáticas sobre bullying. As famílias estão participando desse processo.

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