Secretaria de Saúde do DF pretende contratar 15 usinas de oxigênio
Secretário adjunto disse que já realizou estudo de viabilidade de emprego do equipamento e determinou a aquisição
atualizado
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O secretário-adjunto de Gestão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Bruno Tempesta, disse, nesta quinta-feira (25/3), que o governo pretende contratar 15 usinas de oxigênio para utilização em enfermarias. Diante da escassez de cilindro, o gestor disse que já realizou estudo de viabilidade de emprego do equipamento e determinou a aquisição.
“Determinei que fizesse estudo de viabilidade de emprego de usinas de oxigênio nos nossos hospitais. Esse estudo retornou para mim, tem limitação devido a pureza de oxigênio nos leitos de UTI, mas pode ser usado, a princípio, em enfermarias”, afirmou Tempesta.
“Anteontem, determinei que fizesse [a aquisição] por registro de preço de 15 usinas”, acrescentou.
O secretário participou da Comissão externa de enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados para discutir os problemas no fornecimento de oxigênio nos hospitais do país.
Tempesta explicou que a previsão dada por um fornecedor é de que o equipamento começaria a funcionar em sete dias após a aquisição. Contudo, há uma preocupação em relação as questões burocráticas. “Naturalmente, se necessário for, lançaremos de recursos administrativos e jurídico céleres, como a requisição administrativas”, disse ele.
O assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Ridauto Lucio Fernandes, avaliou que é necessária cerca de 30 dias para a instalação e funcionamento de um usina de oxigênio.
Gambiarra
Ao ser questionado sobre as gambiarras em hospitais do Distrito Federal, Tempesta disse que, no momento, não nenhum paciente que está desassistido por oxigênio. O secretário adjunto, emocionado, chamou os médicos que heróis.
“Emocionante ver o que fizeram. Sou oriundo Corpo Bombeiro, cansei de deixar paciente em hospitais. Ver médicos fazendo de tudo, dividindo as balas, distribuindo um ponto de O2 [Oxigênio] para fazer três, quatro e até cinco, foi verdadeiro ato de heroísmo”, disse.
“De forma indenizatória, se necessário for, vou determinar que empresa de manutenção entre e faça adaptações de forma regular. Acredito que estamos vivendo o enfrentamento de proporções de guerra. Temos que tomar medidas excepcionais para que nenhuma vida seja perdida por falta de oxigênio”, concluiu.
O Metrópoles teve acesso a imagens de hospitais públicos do DF com ligações improvisadas, por equipes médicas para não deixar faltar oxigênio a pacientes.