Secretaria de Saúde de SP culpa Anvisa por variante; agência rebate
Pasta diz que a agência tinha responsabilidade de impedir a entrada do passageiro. Anvisa afirma que ele foi abordado e negou sintomas
atualizado
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A entrada de um passageiro diagnosticado com a variante indiana do coronavírus, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), nesta quarta-feira (26/5), causou um mal-estar entre a Secretaria de Saúde do estado e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De um lado, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, responsabilizou a agência pelo caso. Em entrevista à GloboNews, ele disse que o viajante não poderia ter sido autorizado a circular pelo aeroporto livremente.
Questionado sobre quem deveria ter barrado o passageiro, o secretário disse que “é a Anvisa que é responsável pelos aeroportos” e que “qualquer abordagem a um passageiro com sintomas ou com teste positivo deve ter encaminhamento pela agência”.
De outro, a Anvisa nega responsabilidade pelo caso e afirma que o passageiro foi abordado na chegada ao Brasil e declarou que não estava com sintomas.
“O passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático, e a agência abordou esse passageiro e mais outros 12 viajantes [com passagem pela Índia ou outras áreas de risco], antes da imigração, e lavrou para todos um Termo de Controle Sanitário do Viajante (TCSV)”, afirma a agência.
A agência diz ainda que “não é competência da Anvisa o monitoramento de pessoas em trânsito entre estados e municípios”.