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Seca histórica e incêndios fazem preço da cesta básica disparar

Preço da cesta básica no Brasil começa a subir, impulsionada especialmente pelo açúcar brasileiro, diz relatório FAO

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Açúcar
1 de 1 Açúcar - Foto: Getty Images

Os preços mundiais dos alimentos começaram a subir novamente em setembro de 2024, a taxa de crescimento mais rápida dos últimos 18 meses, impulsionada especialmente pelo açúcar brasileiro e, de modo geral, pela maioria das commodities, de acordo com um relatório mensal da FAO publicado nesta sexta-feira (4/10).

Após alguns meses de queda, o índice de preços calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as mudanças nos preços internacionais da cesta básica, aumentou 3% entre agosto e setembro e 2,1% em um ano.

O açúcar, em particular, teve seu índice de preços aumentado em 10,4% em setembro, devido à perspectiva sombria para a cana-de-açúcar no Brasil, país afetado por secas e incêndios criminosos. A decisão da Índia de suspender as restrições ao uso da cana-de-açúcar para a produção de etanol também gerou temores de redução da oferta para exportação, acrescenta a FAO.

O índice de óleos vegetais, por sua vez, aumentou 4,6% desde agosto, seja para o óleo de palma – cuja produção está abaixo do esperado nos principais países produtores do Sudeste Asiático – ou para a soja, o girassol ou a colza.

Os preços dos cereais subiram 3% no mês, impulsionados pelos preços de exportação do trigo e do milho, o primeiro afetado pelo impacto das chuvas sobre as colheitas no Canadá e na União Europeia, e o segundo por dificuldades com o transporte fluvial no Brasil e nos Estados Unidos. O arroz, por outro lado, está se beneficiando de um contexto “geralmente mais calmo”, observa a FAO, que viu esse índice de preços cair 0,7%.

Maior produção mundial de trigo e arroz

Para 2024, a FAO decidiu aumentar “ligeiramente” suas previsões de produção de cereais para 2,853 milhões de toneladas – um pouco abaixo do recorde de 2023.

Espera-se que a produção mundial de trigo aumente 0,5% este ano, em comparação com o ano passado, graças aos bons rendimentos na Austrália, compensando as decepcionantes colheitas europeias. A produção de arroz deve atingir um “recorde histórico”, especialmente graças à Índia, de acordo com a FAO.

O índice de preços dos produtos lácteos aumentou 3,8% em setembro, enquanto os preços da carne permaneceram relativamente estáveis em +0,4% – com um leve declínio até mesmo para a carne de carneiro.

Leia a reportagem completa no RFI, parceiro do Metrópoles.

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