“Se Brasil não tivesse Centrão, seria uma Argentina”, diz Lira
Centrão reúne parlamentares de centro, direita e centro-direita e costuma se aliar a governos em troca de espaços de poder
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou, nesta segunda-feira (7/8), que o Brasil “seria uma Argentina”, se não houvesse o Centrão. A declaração foi dada em entrevista à Rádio MIX FM, de Maceió (AL).
O chamado Centrão trata-se de um grupo informal na Casa, que reúne parlamentares de centro, direita e centro-direita e costuma se aliar a governos em troca de espaços de poder. Independentemente de ideologias, o pragmatismo prevalece. Normalmente, os políticos justificam essa versatilidade dizendo que não necessariamente apoiam o governo, mas que votam a favor das pautas importantes para o Brasil.
Entre as siglas do Centrão, estão PP, de Arthur Lira; PSD, que abriga o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; além de União Brasil, MDB e Republicanos.
Nas últimas semanas, os partidos vêm negociando com o Palácio do Planalto para conseguir maior participação na Esplanada. A expectativa é levar ao menos PP, Republicanos e União Brasil para chefiar ministérios.
Caso a adesão dos três partidos se confirme, o governo contabilizaria 217 parlamentares em sua base aliada na Câmara (incluindo os votos da bancada do PT, que tem 68 deputados). O número é próximo do necessário para aprovar projetos de lei: 257 votos.
“O governo Lula precisa refletir. O ministério dele foi feito em cima de uma perspectiva da PEC da Transição, não balanceou a Câmara e o Senado. Então, tem bastante Senado e pouca Câmara, e esse peso dado a alguns partidos… Se o critério do governo é de acomodação de partidos na Esplanada, está desequilibrado”, finalizou Lira.