SBT recorrerá de condenação em ação movida por Rachel Sheherazade
Emissora foi condenada a pagar indenização de R$ 500 mil à jornalista por regime de contratação e assédio moral de Sílvio Santos
atualizado
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O SBT recorrerá da condenação em primeira instância na Justiça do Trabalho que determinou o pagamento de R$ 500 mil à jornalista Rachel Sheherazade. A informação foi confirmada ao portal UOL pela assessoria do veículo de comunicação.
A ação foi movida em abril de 2021 pela profissional, e tinha como alvo denúncias de assédio moral contra o apresentador Sílvio Santos, proprietário da emissora.
Sheherazade alegou, ainda, que tinha de cumprir horas extras e plantões junto ao quadro de funcionários efetivos da emissora, mesmo contratada em regime de pessoa jurídica. Na decisão, o magistrado Ronaldo Luís de Oliveira, da 3ª Vara de Trabalho de Osasco, na grande São Paulo, exigiu também que a apresentadora fosse reconhecida como funcionária em regime celetista, ou seja, como se tivesse carteira de trabalho assinada.
Um dos episódios de assédio moral alegados pela jornalista aconteceu ao vivo, durante a premiação do Troféu Imprensa 2017, quando Sílvio Santos pontuou a Rachel que ela era paga “para continuar com sua beleza”, e não dar opinião.
Em 2014, Sheherazade foi alvo de críticas por comentários que incentivavam o justiçamento popular, como no caso de um menino amarrado a um poste por suposto furto de bicicleta.
No ano das declarações de Silvio Santos, o Ministério Público Federal (MPF) notificou o SBT por abuso de liberdade de opinião. Sheherazade deixou o SBT em 2020, um mês antes do fim do vínculo com a emissora, logo após criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em espaço destinado à opinião da jornalista.