Saúde recua e afirma que não há intenção de compra de vacina chinesa
Ministro Eduardo Pazuello havia informado que assinou protocolo de intenção para adquirir o imunizante, mas foi desmentido por Bolsonaro
atualizado
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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse nesta quarta-feira (21/10) que não existe qualquer intenção de compra da vacina chinesa, a Coronavac, para o combate à Covid-19.
“Não há intenção de compra de vacinas chinesas”, ressaltou o braço-direito do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta manhã.
A governadores, Pazuello anunciou, nessa terça-feira (20/10), a intenção de aquirir 46 milhões de doses de vacina Coronavac. Bolsonaro, porém, disse que não vai comprar a “vacina chinesa de João Doria“.
O secretário-executivo da pasta negou a existência de qualquer acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), antagonista de Bolsonaro, para a aquisição da vacina.
“Não houve qualquer compromisso com o Governo do Estado de São Paulo ou com seu governador no sentido de aquisição de vacinas contra a Covid-19”, disse (veja a íntegra do anúncio no fim da reportagem).
“Tratou-se de um protocolo entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, por se tratar de um grande parceiro do Ministério da Saúde na produção de vacinas”, explicou.
Apesar de afirmar que não há intenção em comprar a Coronavac, Elcio Franco disse que, “qualquer vacina” poderá ser oferecida aos brasileiros e, a depender do Ministério da Saúde, não será obrigatória.
“Mais uma iniciativa para tentar proporcionar vacina segura e eficaz para a nossa população, neste caso, com a vacina brasileira, caso fiquem disponíveis antes das outras possibilidades”, pontuou.
“Qualquer vacina, quando estiver disponível, certificada pela Anvisa, e adquirida pelo Ministério da Saúde, poderá ser oferecida aos brasileiros por meio do Programa Nacional de Imunizações”, finalizou.