Saúde inclui vítima de violência sexual em prioridade da vacina do HPV
Oferta da vacina contra o HPV será incluída no protocolo de atendimento de vítimas, homens e mulheres, de nove a 45 anos
atualizado
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O Ministério da Saúde incluiu as vítimas de violência sexual no grupo prioritário para receber a vacina contra o papilomavírus humano (HPV). Poderão receber o imunizante homens e mulheres de nove a 45 anos de idade que ainda não tenham sido vacinadas.
Dessa forma, a oferta da vacina será incluída no protocolo de atendimento das vítimas de violência sexual no Sistema Único de Saúde (SUS). Pessoas com o esquema vacinal completo para a doença não receberão doses adicionais. Caso o esquema esteja incompleto, será feita a aplicação das doses necessárias.
Para meninos e meninas de 9 a 14 anos não vacinadas, duas doses devem ser aplicadas com intervalo de seis meses. Já para homens e mulheres de 15 a 45 anos, a orientação é um esquema de três doses com intervalo de dois meses entre cada uma, totalizando seis meses entre a primeira e a terceira.
“O Ministério da Saúde instrui que haja nas esferas estaduais e municipais um trabalho conjunto, incluindo capacitação da rede de atenção às vítimas de violência sexual, a fim de que essas sejam acompanhadas da melhor forma possível”, destaca a nota técnica publicada pela pasta.
“A violência sexual é uma questão de saúde pública e segurança, que exige do Estado políticas e ações integradas para responder a esta demanda. Pode acometer crianças, adolescentes, mulheres, homens e pessoas idosas e portadores de deficiências físicas e intelectual. Causam traumas, gravidez indesejada, ferimentos visíveis e invisíveis, além de infecções sexualmente transmissíveis”, continua o documento.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo e está associado está associada a verrugas na região genital e ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vulva, pênis, ânus e orofaringe.
Atualmente, a vacina quadrivalente disponível no SUS é aplicada em crianças e adolescentes de nove a 14 anos. Além disso, o público-alvo também inclui pessoas com condições clínicas especiais entre nove e 45 anos como transplantados, pacientes oncológicos, vivendo com HIV/Aids ou imunossuprimidos.