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Saúde: entenda cálculo da pasta para adquirir vacinas da Covid em 2022

Ministério conta com 134 milhões de dose,s contratadas em 2021, para o próximo ano, além de contratos firmados com Pfizer e AstraZeneca

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Enfermeira colocando vacinas em seringa
1 de 1 Enfermeira colocando vacinas em seringa - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ministério da Saúde continua em tratativas para prosseguir a campanha de vacinação contra a Covid-19 em 2022, com previsão de 354 milhões de doses necessárias para imunizar a população. Mais de 122,5 milhões de brasileiros já estão totalmente imunizados, 66,9% da população com 12 anos ou mais no país.

Em conversa com o Metrópoles, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, explicou como a previsão foi construída:

“Uma dose para toda a população entre 18 e 60 anos, duas doses para a população acima de 60 anos e uma reserva para a população entre 12 e 18 anos, que hoje não há nenhuma sinalização de necessidade de reforço, mas se precisar nós temos a quantidade. E duas doses para toda a população abaixo de 12 anos. Caso se precise imunizar, a gente tem as duas doses”.

Das 354 milhões de doses estimadas pelo Ministério, 134 milhões excedem do planejamento de 2021. Para completar o montante,  a pasta tem contratos acertados com a Pfizer (100 milhões de doses) e AstraZeneca (120 milhões).

Covax Facility

As doses do consórcio internacional Covax Facility, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não fazem parte do cálculo do ministério. A imprevisibilidade de recebimento e os repetidos atrasos de entrega são os principais motivos, de acordo com o secretário.

“A experiência desse ano nos mostrou isso”, aponta Rodrigo Cruz. “Por exemplo, era pra gente ter recebido 42 milhões de doses, só recebemos 12 e já recebemos sinalização de que esse ano não vamos receber mais nada”.

Fim da linha para a Coronavac?

A pasta tem ensaiado o abandono da Coronavac pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2022. Para o imunizante produzido pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, não há nova previsão de compra.

Nessa quarta-feira (10/11), o diretor do Instituto, Dimas Covas, esteve em Brasília para negociar vacinas. Com a promessa de solicitar o registro definitivo do imunizante até dezembro, assim como o envio de informações sobre o uso da Coronavac em adolescentes para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministério, porém, reafirmou que não tem interesse em novas compras do imunizante. A vacina brasileira produzida pelo Butantan, a Butanvac, também não tem previsão de compra até o momento.

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