“Vamos vacinar 2,4 milhões de brasileiros todos os dias”, diz Queiroga
Ministro da Saúde afirma que o número corresponde à capacidade de vacinação, mas que depende das doses disponíveis
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro Marcelo Queiroga, titular da Saúde, disse que o Brasil tem capacidade de vacinar 2,4 milhões de pessoas diariamente contra a Covid-19, caso haja vacinas suficientes.
A declaração foi dada nesta terça-feira (13/4), em conversa com jornalistas. Queiroga citou, mais uma vez, a dificuldade mundial na produção de imunizantes. Para o ministro, esse é o maior impasse na campanha de vacinação do Brasil.
“Tenho convicção absoluta de que, se tivermos doses disponíveis, vamos vacinar 2,4 milhões de brasileiros todos os dias”, afirmou.
Queiroga disse que o número corresponde à capacidade de vacinação nos postos de imunização do país. Ele comentou, ainda, que se os horários de aplicação fossem estendidos, o Brasil conseguiria vacinar ainda mais pessoas diariamente.
O problema, segundo o titular da pasta, é a escassez de doses.
O comentário foi feito no contexto do projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados na última semana, que flexibiliza a compra de imunizantes contra a Covid-19 pela iniciativa privada.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de empresas “furarem a fila” dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI), Queiroga respondeu que o projeto não atrapalharia o andamento do cronograma da Saúde.
Segundo o ministro, se aprovado no Senado Federal, o projeto não será uma espécie de “fura-fila” da vacina, já que estará previsto em legislação.
“Todos sabemos que há uma dificuldade de vacinas no mundo. O Brasil tem uma tradição em diplomacia de boa qualidade, sempre foi um país protagonista”, analisa Queiroga, lembrando que a iniciativa privada acredita que pode conseguir doses.
“Eu sou responsável pelo Prograna Nacional de Imunização. Se o Congresso Nacional decidir aprovar a participação da iniciativa privada, é uma lei. Lei se cumpre. Se quiserem minha opinião, é [só] me chamarem lá, eu vou dar. Se é uma lei, não é fura-fila”, disse.