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Saúde pede autorização à Anvisa para uso de autotestes de Covid

Previsão é que o exame poderá ser feito por qualquer indivíduo, “sintomático ou assintomático, independentemente de estado vacinal ou idade”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Busca por testes de Covid-19 em São Paulo
1 de 1 Busca por testes de Covid-19 em São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Ministério da Saúde enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nota técnica na qual solicita a autorização do uso de autotestes para Covid-19 no país.

“O indivíduo deve seguir todas as instruções do fabricante para realização do teste e atender à orientação de que, a partir do resultado obtido na autotestagem, procure uma unidade de atendimento de saúde (ou teleatendimento) para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já postas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico e notificação, e para receber as orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde”, destaca o comunicado.

Em caso de resultado positivo, orienta-se que os outros moradores da casa também façam o autoteste. Para confirmação do diagnóstico, a pasta ainda recomenda que o paciente compareça a uma unidade de saúde.

O autoteste será usado, de acordo com a pasta, como “estratégia de triagem”. Com a regulamentação do procedimento, indivíduos que apresentam sintomas ou tenham sido expostos ao vírus Sars-CoV-2 poderão realizar o exame.

O Ministério da Saúde argumenta, na nota, que a utilização dos autotestes seria parte do Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19, que tem como objetivo “o diagnóstico da Covid-19 por meio do teste rápido de antígeno (TR-AG) para pessoas sintomáticas e assintomáticas com foco na monitorização da situação epidemiológica e direcionar os esforços na contenção da pandemia no território nacional”.

“O uso de autoteste TR-Ag pode ser uma excelente estratégia de triagem, pois devido ao curto tempo para o resultado, pode-se iniciar rapidamente o isolamento dos casos positivos e as ações para interrupção da cadeia de transmissão. Acredita-se que a prevenção e o controle de surtos dependem cada vez mais da frequência dos testes e da velocidade de notificação (uma vantagem dos testes de antígeno).”, explica a nota.

A Anvisa informou que ainda “não registrou no sistema o recebimento da nota técnica” do Ministério.

Técnicos da pasta entendem que os exames podem ser importantes para o controle da variante Ômicron.

Nas conversas entre a Anvisa e o Ministério da Saúde, a tendência mais forte é de que seja elaborada uma normativa temporária para o uso dos exames.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, tem cuidado das tratativas, que podem resultar em mudança na regulação até o fim desta semana.

Um dos pontos que exigem mais atenção é o fato de a Covid-19 ser uma doença de notificação compulsória, ou seja, obrigatória. Porém, o entendimento é de que o acesso ao resultado pode orientar melhor os doentes a procurarem assistência médica.

No Brasil o autoteste ainda não é permitido, apenas as farmácias realizam os exames, que são feitos com a coleta de material no nariz usando cotonete ou por saliva.

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