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Saúde nega intenção de confiscar vacinas que forem adquiridas pelos estados

Em nota, a pasta também negou ter se manifestado a favor de requerimentos sobre imunizantes que não forem comprados pelo governo federal

atualizado

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Caixa da vacina Coronavac em sao paulo 2
1 de 1 Caixa da vacina Coronavac em sao paulo 2 - Foto: null

O Ministério da Saúde (MS) negou, nesta sexta-feira (11/12), que o governo federal irá confiscar vacinas contra o novo coronavírus que forem adquridas pelos estados. A pasta também negou ter se manifestado a favor de requerimentos de imunizantes. 

Em nota, a Saúde defendeu que a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 será feita por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), assim como todas as outras campanhas de imunização.

O PNI, segundo o ministério, torna “possível garantir que as vacinas cheguem a todos os estados e municípios, e que o trabalho possa ser realizado com eficiência”.

“O PNI já demonstrou sua excelência ao longo dos 47 anos de campanhas bem-sucedidas, portanto, é ele que irá nortear, também, a campanha de vacinação contra a Covid-19”, acrescentou.

A nota contraria o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Mais cedo, ele afirmou que o governo federal pretendia editar uma Medida Provisória (MP) para requisitar vacinas autorizadas, registradas e produzidas no Brasil.

Além do PNI, a Saúde afirmou que usará o aplicativo Conecte SUS (Sistema Único de Saúde) como uma carteira de vacinação virtual.

Pela plataforma será possível monitorar o total de doses contra Covid-19 aplicadas e quais os imunizantes usados na prevenção do novo coronavírus.

Medida Provisória

O goevrnador Caiado usou as redes sociais para comentar os planos do governo federal. “Toda e qualquer vacina registrada, produzida ou importada no país será requisitada, centralizada e distribuída aos estados pelo Ministério da Saúde. Nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid-19”, escreveu.

Segundo o governador goiano, o ministro afirmou que fechou a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. Em janeiro, virão 500 mil doses para dar início à vacinação do grupo de risco em todos os estados.

De acordo com as publicações de Caiado, Pazuello disse que “nenhum brasileiro será deixado para trás”. E, no próprio discurso, o ministro voltou a defender um plano nacional de imunização, com muita ênfase no “nacional” – mais uma vez, em crítica aberta a João Doria.

O governador de São Paulo reagiu com indignação. “Os brasileiros esperam pelas doses da vacina, mas a União demonstra dose de insanidade ao propor uma MP que prevê o confisco de vacinas. Esta proposta é um ataque ao federalismo. Vamos cuidar de salvar vidas e não interesses políticos”, escreveu no Twitter.

Imbróglio

O Brasil ainda não tem um plano nacional de vacinação. O documento é alvo de disputas políticas e desentendimentos entre técnicos no Ministério da Saúde.

Entre as falhas apontadas pela comunidade médica-científica, destaca-se a aposta da administração brasileira em somente uma vacina — a produzida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.

Agora, o governo tenta comprar doses da Pfizer. O estado de São Paulo tem contrato com a farmacêutica Sinovac, que produz a Coronavac em parceria com o Instituto Butantan. As doses já estão sendo produzidas no Brasil, mas, em âmbito federal, ainda não há registro de interesse na compra.

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