Saúde lança campanha de incentivo à doação de leite materno
Peças serão veiculadas nacionalmente entre os dias 19 de maio e 3 de junho
atualizado
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O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (19/5), uma campanha de incentivo à doação de leite materno. O projeto foi divulgado na mesma data em que se comemora o Dia Mundial de Doação de Leite Humano.
De acordo com a pasta, o objetivo da campanha é aumentar o número de novas doadoras voluntárias e do volume de leite humano coletado e distribuído.
Além disso, o projeto visa chamar atenção para a recuperação de bebês prematuros ou de baixo peso internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais.
Segundo o Ministério, 330 mil bebês prematuros ou de baixo peso nascem no país a cada ano. O número corresponde a 11% de todos os nascimentos no Brasil.
A ação foi divulgada em coletiva de imprensa na sede da pasta, com a participação do ministro Marcelo Queiroga e do secretário de Atenção Primária, Raphael Câmara de Medeiros.
O ministro ressaltou que o aleitamento é “fundamental para a saúde das crianças”. “Quem investe na criança investe no futuro”, continuou.
Vacinação
Queiroga também comentou sobre a vacinação de gestantes, puérperas e lactantes com comorbidades, que ocorre no Brasil mesmo sem indicação na bula das vacinas.
“Sabemos é uma indicação fora do bulário mas o governo brasileiro entendeu que era um ponto estratégico a vacinação das gestantes”, disse.
A campanha, intitulada de “Doe leite materno, doe esperança”, será veiculada em meios de comunicação entre os dias 19 de maio e 3 de junho.
Bancos de leite
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui mais de 222 bancos de leite e 220 postos de coleta espalhados por todo o país.
Em 2020, foram coletados 229 mil litros. Desses, 157 mil foram distribuídos, beneficiando 212 mil recém-nascidos. O material foi doado por 182 mulheres. “Isso representa 64% da real necessidade por leite materno. O total coletado em 2020 é 2,7% superior ao ante anterior, mesmo durante a pandemia”, informou a pasta.
Queiroga disse que apesar da melhora em relação a 2019, o número ainda é baixo se considerada a real necessidade por leite materno. “Queremos ampliar essas iniciativas. O número de doação ainda é muito baixo em relação a nossa demanda. Por isso ações como essa são importantes”, afirmou.
Doação
De acordo com o ministério, todas as mulheres que amamentam são possíveis doadoras de leite – exceto as que tomam medicamentos que interferem na amamentação.
“Apenas 1ml leite é suficiente para alimentar um bebê a cada refeição, dependendo do peso e das condições clínicas”, informa a pasta.
O órgão recomenda a doação de leite mesmo durante o momento de pandemia. Mulheres interessadas devem procurar postos de coleta e bancos de leite humano pra agendar a doação, de forma a evitar aglomerações.