Saúde diz que 416.507 pessoas esperam Coronavac para receber 2ª dose
Pasta ressalta que a redução da eficácia do imunizante é “improvável” em caso de atraso na aplicação da segunda dose do imunizante
atualizado
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O Ministério da Saúde informou, por meio de nota técnica publicada na segunda-feira (26/4), que 416.507 pessoas de grupos prioritários ainda não receberam a segunda dose da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan e distribuída aos estados e municípios.
Essas pessoas aguardam a chegada do imunizante para completar o esquema vacinal.
Veja quais são os grupos prioritários:
– Trabalhadores da saúde (3%);
– Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas (6,2%);
– Idosos entre 60 e 64 anos de idade (1,9%).
De acordo com a nota, o prazo de vencimento do esquema vacinal dessas pessoas vai de 12 a 20 de maio. A previsão é que os imunizantes para a segunda dose destinada a esses grupos sejam entregues na primeira semana do próximo mês.
“Cumpre-nos informar que 416.507 pessoas foram beneficiadas com doses D1 da vacina Sinovac/Butantan, nas etapas 13ª e 14ª de distribuição. Essas pessoas permanecem com o esquema vacinal em aberto, com a previsão de distribuição das doses D2 para a primeira semana de maio, cumprindo, em tempo oportuno, o intervalo preconizado entre as doses, as quais expiram o prazo de distribuição em 12/5 e 20/5, respectivamente”, informou a pasta, por meio do documento.
Eficácia
A pasta ressalta que a redução da eficácia do imunizante é “improvável” em caso de atraso na aplicação da segunda dose – no entanto, pontua que o prazo de vacinação deve ser respeitado.
Para a Coronavac, a segunda etapa vacinal deve ser finalizada quatro semanas após a primeira dose.
“Atrasos em relação ao intervalo máximo recomendado para cada vacina (4 semanas – Sinovac/Butantan) devem ser evitados, uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose. Observa-se que, ainda que ocorram atrasos no esquema vacinal, o mesmo deverá ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido possível”, pontuou o ministério.
Dificuldades para segunda etapa de vacinação
Na segunda-feira (26/4), o ministro Marcelo Queiroga admitiu, em audiência pública no Senado Federal, que o país enfrenta dificuldades para completar a segunda etapa de imunização contra a Covid-19.
Na ocasião, Queiroga citou a liberação de todas as doses disponíveis para a primeira aplicação, autorizada em março, como a principal razão do atraso.
Ele também disse que o atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) ao Instituto Butantan atrapalhou a produção da vacina Coronavac no Brasil, impossibilitando, por conseguinte, que uma nova remessa de imunizantes fosse entregue para a aplicação da segunda dose.
“A aplicação da 2ª dose tem sido impedida por governadores e prefeitos e agora, em face do retardo de insumo vindo da China ao Instituto Butantan, há uma dificuldade na aplicação desta dose”, afirmou, durante a audiência.