Sarampo já matou cinco pessoas. Há mais de 1 mil casos registrados
Amazonas é o estado líder em registros da doença no país, com 788 ocorrências e uma morte. Com menos casos, Roraima já somou quatro mortes
atualizado
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O Brasil tem surtos de sarampo em Roraima e Amazonas, mas há casos da doença em outras unidades da Federação. De acordo com o Ministério de Saúde, até essa segunda-feira (6/8), foram registradas mais de 1 mil ocorrências, sendo que 111 ainda estão sob suspeita.
O Amazonas é o estado líder no número de casos, com 788 registros. Em Roraima, são mais 281. Já foram confirmadas cinco mortes em decorrência da doença: quatro em Roraima, sendo três de estrangeiros e uma de brasileiro. Outro brasileiro morreu no Amazonas.
Casos isolados também foram registrados em São Paulo (1), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Rondônia (1) e Pará (2). O governo afirma prestar o apoio necessário aos estados e acompanha a situação. “Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados”, diz o site do Ministério da Saúde.
De acordo com a pasta, as ocorrências já registradas não tiveram origem no Brasil. Elas foram “importadas”, já que genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o mesmo presente na Venezuela.
Eliminação do sarampo
Os surtos acontecem apenas dois anos após o Brasil receber o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde. Se o país registrar um número maior de casos em 12 meses, pode perder o certificado.
O último surto de sarampo aconteceu entre 2013 e 2015, quando foram registrados mais de 1,3 mil casos. Os estados mais afetados à época foram Pernambuco e Ceará. As medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em conjunto com outros órgãos, foram bem-sucedidas e interromperam a disseminação da doença.
O ministério afirma que permanece monitorando a situação do sarampo em todo o país, especialmente em Roraima e no Amazonas, e as medidas de controle e prevenção já estão sendo realizadas. Agora, para evitar que o sarampo e a poliomielite se espalhem de forma endêmica, o governo federal está fazendo uma campanha nacional de vacinação. O público-alvo são crianças com idades entre 1 e 5 anos.(Com informações do Ministério da Saúde)