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Ritmo lento de aplicação da 4ª dose contra Covid põe governo em alerta

Governo federal tem feito esforço conjunto com as secretarias estaduais e municipais de Saúde para alavancar os índices de vacinação

atualizado

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Aline Massuca/ Metrópoles
***Clínicas privadas se preparam para oferecer vacina contra a Covid-19
1 de 1 ***Clínicas privadas se preparam para oferecer vacina contra a Covid-19 - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

Mais de um mês após ampliação da campanha, o ritmo da aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, colocou o Ministério da Saúde em alerta.

Até o momento, foram administradas 12,8 milhões de “segunda dose de reforço”, como a aplicação é chamada tecnicamente.

Ao Metrópoles a pasta admitiu que “acompanha com atenção” o andamento da vacinação em todos os estados. O governo federal distribuiu mais de 518 milhões de doses de vacina Covid-19.

Veja a quantidade de doses aplicadas por ciclo:

  • 1ª dose: 177,6 milhões
  • 2ª dose: 158,2 milhões
  • 3ª dose: 97,5 milhões
  • 4ª dose: 12,8 milhões

Os dados foram analisados pelo Metrópoles, com base em material publicado pelo LocalizaSUS, plataforma de prestação de contas do Ministério da Saúde. A reportagem considerou dados publicados até quarta-feira (13/7).

“O Ministério da Saúde reforça a importância da segunda dose e da dose de reforço para garantir a máxima proteção contra o vírus”, frisa, em nota.

O governo federal tem feito movimentos com as secretarias estaduais e municipais de Saúde para alavancar os índices e frear o adoecimento.

“A pasta recomenda que estados e municípios continuem empenhados em vacinar a população que ainda possui doses em atraso”, frisa a pasta, em nota.

Apesar do panorama, o ministério defende que a vacinação geral contra a Covid-19 no Brasil possui uma das maiores taxas de cobertura.

Em meados de junho, o Ministério da Saúde liberou a imunização para pessoas com 50 anos ou mais. No último dia 20, estendeu para pessoas com 40 anos ou mais. Algumas cidades já aplicam em pessoas a partir dos 30 anos. Contudo, o ritmo da imunização não deslanchou.

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção
No Brasil, o recente aumento de casos de Covid-19 indica que estamos entrando em uma quarta onda da doença, especialmente devido à circulação de subvariantes mais transmissíveis da Ômicron
Alguns dos principais sintomas da Covid-19 em vacinados são: tosse, coriza e congestão nasal, fadiga e letargia, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, febre e espirros
Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os infectados são, em sua maioria, jovens. Além disso, segundo epidemiologistas da instituição, os casos não estão gerando hospitalizações, mas devem ser acompanhados
A indicação continua sendo a mesma: ao apresentar alguns dos sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para realizar o teste da doença. Outra opção é recorrer ao autoteste da Covid, que pode ser encontrado em farmácias. Em caso de resultado positivo, manter o isolamento
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, os vacinados podem ser infectados pela Covid-19. Apesar do que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

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No Brasil, o recente aumento de casos de Covid-19 indica que estamos entrando em uma quarta onda da doença, especialmente devido à circulação de subvariantes mais transmissíveis da Ômicron

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Alguns dos principais sintomas da Covid-19 em vacinados são: tosse, coriza e congestão nasal, fadiga e letargia, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, febre e espirros

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Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os infectados são, em sua maioria, jovens. Além disso, segundo epidemiologistas da instituição, os casos não estão gerando hospitalizações, mas devem ser acompanhados

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A indicação continua sendo a mesma: ao apresentar alguns dos sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para realizar o teste da doença. Outra opção é recorrer ao autoteste da Covid, que pode ser encontrado em farmácias. Em caso de resultado positivo, manter o isolamento

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O autoteste é um exame rápido de antígeno que pode ser feito pela própria pessoa por meio da coleta do material no nariz com cotonete. O resultado sai de 15 a 20 minutos e é indicado para quem está apresentando os primeiros sintomas da doença

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Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, condena a baixa adesão e faz um apelo: “As pessoas precisam ir aos postos e reforçar a sua proteção.”

“A população precisa se conscientizar sobre a necessidade da quarta dose de vacina, especialmente os idosos e imunossuprimidos, que têm um sistema imune mais deficiente. A vacina está disponível”, defende.

A infectologista Joana D’arc Gonçalves, mestre em medicina tropical pela Universidade de Brasília (UnB), alerta que muitas pessoas já estão despreocupadas por causa da redução de mortalidade e casos graves.

“Alguns já até esqueceram o que ocorreu nos últimos anos. Mas temos que ser cuidadosos, principalmente sabendo que podemos nos prevenir e que o insumo está disponível”, critica.

Ela frisa que o Brasil, sendo um país de proporções continentais, com diferentes realidades e considerando a logística necessária para a aplicação das novas vacinas, não conseguiu a mesma capilaridade de várias campanhas de vacinas do passado.

“Sem falar que fazer uma dose cada quatro/seis meses é complicado para o cidadão se deslocar ou se ausentar do trabalho para fazer o esquema vacinal”, conclui.

Público-alvo da imunização

A maior parte das capitais brasileiras imuniza, com a segunda dose de reforço, pessoas com 40 anos ou mais. São 19, ao todo: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro, Salvador (BA).

São Paulo e Brasília (DF) vacinam maiores de 35 anos. Aracaju (SE), Manaus (AM), São Luís (MA) e Teresina (PI) já avançaram o público-alvo para maiores de 18 anos com quatro meses completos desde a terceira dose.

Vitória (ES) imuniza pessoas acima de 50 anos, enquanto Rio Branco aplica a quarta dose no público a partir de 30 anos.

Grupos prioritários como imunossuprimidos e profissionais da saúde também estão elegíveis.

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