Queiroga vai ao MA para iniciar medidas de contenção à cepa indiana
De acordo com o ministério da Saúde, foram enviados 600 mil testes rápidos para testagem em massa da população
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, embarcou neste domingo (23/5), às 11h30, para a cidade de São Luís, no Maranhão. Lá, ele se encontrou com as autoridades locais para dar andamento às medidas de contenção da variante indiana da Covid-19, chamada de B.1.617.
De acordo com a pasta, foram enviados 600 mil testes rápidos de antígeno da doença para o início da testagem em massa da população. A ação ocorrerá em pontos estratégicos da região, como portos, aeroportos, terminais rodoviários e rodovias.
Nova variante
O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, informou que a variante B.1.617 foi encontrada em seis amostras de testes realizados na tripulação que estava a bordo do navio MV Shandong Zhi, atracado no litoral do Maranhão.
A suspeita havia surgido a partir do caso de um homem de 54 anos que relatou os primeiros sintomas da Covid-19 em 4 de maio. Com a evolução do quadro, o paciente precisou ser encaminhado de helicóptero para um hospital da rede privada em São Luís no último dia 13.
O paciente permanecia em estado grave e foi intubado neste sábado (22/5), de acordo com nota divulgada pela Secretaria de Saúde do Maranhão. A pasta também informou que o Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen/MA) “recebeu 102 amostras dos profissionais em contato direto e indireto com tripulantes do navio “MV Shandong da Zhi” e que após a conclusão do processamento o material seria encaminhado “para o Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, para sequenciamento genômico. Tão logo, o IEC divulgue a análise, a SES comunicará os resultados.”
Segundo a secretaria, os 23 tripulantes do navio estão assintomáticos e seguem em quarentena. “A SES ressalta que permanece com o monitoramento de todos os contactantes, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), e mantém a cooperação com a Anvisa. Até o momento, não há confirmação de transmissão local da variante B.1.617.2.”
Briga nas redes sociais
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, travaram uma discussão pelo Twitter sobre a questão da nova cepa indiana do coronavírus. Na última quinta (20/5), o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, confirmou os primeiros casos de Covid-19 provocados pela nova variante.
“Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão”, disse o governador.
Queiroga respondeu afirmando que procurou pelo secretário de Saúde do estado nordestino, mas que ele havia sido impedido pelo chefe do Executivo local de participar do debate com o governo federal.
“Estranho, Vossa Excelência. Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus!”, afirmou o ministro.
Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o @GovernoMA. É impossível até entender o que eles farão.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) May 22, 2021
Estranho, Vossa Excelência. Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus!
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) May 22, 2021
Flávio Dino respondeu mais uma vez, também pelo Twitter, afirmando que o secretário não foi ouvido. “E claro que ele não se dispôs a ser enfeite em coletiva. Estamos sempre à disposição para diálogos sérios. E espero que o presidente da República ouça suas recomendações, passe a usar máscaras e evitar aglomerações.”