Queiroga sobre demandas de prefeitos à Saúde: “Virou almoxarifado”
Segundo o ministro, gestores procuram a pasta com frequência para pedir kit de intubação, oxigênio, habilitação de leitos de UTI
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comparou a pasta a um almoxarifado. Ele disse que, diariamente, prefeitos procuram o procuram para pedir insumos no combate à Covid-19.
A declaração foi dada nesta terça-feira (13/4), em conversa com jornalistas. Queiroga disse que recebeu, na segunda-feira (12/4), diversos prefeitos em companhia da ministra Flávia Arruda, da Secretaria de Governo.
“Conversei com a ministra Flávia Arruda e ela esteva aqui com vários prefeitos. Eles demandaram o que os prefeitos e governadores vêm aqui demandar. O Ministério da Saúde virou um grande almoxarifado. Eles vêm aqui pedir kit de intubação, oxigênio, habilitação de leitos de UTI. É sempre a mesma demanda”, explicou.
Queiroga ressaltou que, apesar dos pedidos, nenhum prefeito ou governador foi até ele para reclamar da coordenação nacional.
“Eles sempre vêm pedir insumos, que é, aliás, a obrigação deles vir pedir. Alguns reclamam que as vacinas são distribuídas de maneira diferenciada entre os estados, mas há um critério técnico”, explicou Queiroga.
O ministro afirmou que, mesmo com a abertura de leitos e a entrega de insumos, a solução mais eficiente para desafogar o sistema de saúde é a vacinação.
“Me pediram Hospital de Campanha. Sabemos o impacto, mas habilitar leitos de UTI, daqui que consigamos equipar esses leitos, ter profissionais qualificados, não vai mudar no desfecho que a gente tem hoje em relação ao enfrentamento à pandemia. Naturalmente, temos que ouvir os prefeitos, mas o que muda é avançar na campanha de vacinação e apertar nas medidas para diminuir a circulação do vírus”, disse.
Queiroga também afirmou que o país precisa capacitar mais profissionais da Saúde para combater a pandemia. A pasta pretende abrir 300 vagas em um curso de formação de médicos intensivistas. “É necessário fortalecer o sistema de saúde do Brasil. É uma agenda muito grande que temos pela frente”, comentou.