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Queiroga: governo deu “prova emblemática” de atuação na Covid-19

Ministro foi questionado sobre a situação da varíola dos macacos no Brasil, após OMS falar em avanço “muito preocupante” da doença no país

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Ministro da Saúde Marcelo Queiroga
1 de 1 Ministro da Saúde Marcelo Queiroga - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a classe médica, nesta quarta-feira (27/7), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o governo brasileiro está tomando as devidas providências para enfrentar a varíola dos macacos e afirmou que foi dada “prova emblemática” de atuação na pandemia de Covid-19.

“Desde o primeiro caso suspeito aqui no Brasil, o ministério tomou todas as providências. Já temos uma estrutura em quatro laboratórios públicos para fazer o diagnóstico”, afirmou o ministro.

“O Ministério da Saúde, com a Secretaria de Vigilância e Saúde, está bastante acostumado a lidar com esse tipo de situação. A prova emblemática é o que aconteceu durante a pandemia da Covid-19. E vamos continuar trabalhando todos os dias para trazer uma mensagem sempre de confiança para a população brasileira”, prosseguiu Queiroga.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados

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A fala ocorre um dia após a líder técnica da Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à varíola dos macacos, Rosamund Lewis, dizer que a situação do Brasil é “muito preocupante”.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, o país tem 813 casos confirmados da varíola dos macacos. Diante desse número, o Brasil figura entre os 10 países com mais registros da doença.

“Certamente é muito preocupante para países como o Brasil – uma nação continental, de população tão grande, geograficamente extensa, que agora também relata um número significativo de casos”, disse a especialista.

Lewis também alertou para a possibilidade de estar havendo subnotificação de casos, por falta de testes, e pediu ainda que as autoridades ajam de acordo com a emergência de saúde pública de interesse internacional, decretada pela OMS no último sábado (23/7).

A líder técnica assegura que o surto pode ser controlado, caso sejam adotadas as estratégias certas.

Entre as recomendações da OMS, estão a implementação de uma resposta coordenada para interromper a transmissão e proteger grupos vulneráveis, a intensificação de medidas de vigilância e saúde pública, o fortalecimento da gestão clínica, a prevenção e o controle de infecções em unidades de saúde e a aceleração de pesquisa sobre vacinas e tratamentos.

Compra de vacinas

No sábado (23/7), o Ministério da Saúde informou que realiza tratativas para a compra da vacina contra a varíola dos macacos. De acordo com a pasta, a aquisição será negociada com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A informação foi divulgada após o decreto de estado de emergência internacional de saúde pública devido à doença.

Atualmente, apenas um laboratório fabrica o imunizante no mundo: a empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, que não tem representante no Brasil. “A OMS coordena junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença”, informou o ministério.

Aumento de casos

O Brasil é o sétimo país com mais contaminações por varíola dos macacos no mundo, de acordo com entidades internacionais. Desde o primeiro caso confirmado da doença em território brasileiro, no mês de junho, foram contabilizados 813 casos da doença, conforme o boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na tarde de segunda-feira (25/7).

O índice de contaminações registrou aumento de 16,8% desde a última sexta-feira (22/7), quando foram contabilizados 696 casos. O avanço exponencial de diagnósticos em território brasileiro reflete o crescimento ao redor do mundo – movimento que coloca órgãos de saúde globais em estado de alerta.

Transmissão e sintomas

A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até o momento, não há confirmação de que ocorra transmissão por via sexual, mas a hipótese está sendo cogitada pelos cientistas.

O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer 10 ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal-estar e dor. Cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas pelo corpo – parecidas com as da catapora. A doença termina em um período entre três e quatro semanas.

Segundo o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o risco da varíola dos macacos é moderado globalmente – com exceção da Europa, que possui maior ocorrência da doença.

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