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Oito estados têm tendência de alta de síndrome respiratória grave

Ceará, Santa Catarina, Tocantins, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul indicam alta em casos de SRAG

atualizado

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Rovena Rosa/Agência Brasil
Médicos assistem paciente em leito hospitalar
1 de 1 Médicos assistem paciente em leito hospitalar - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tende a aumentar em oito estados brasileiros, segundo análise de longo prazo do boletim Infogripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado nesta quinta-feira (25/2).

Segundo o documento, os estados são Ceará, Santa Catarina, Tocantins, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. A análise de longo prazo compreende seis semanas encerradas na semana epidemiológica 7 de 2021, que vai de 14 a 20 de fevereiro.

O índice da Fiocruz registra casos de SRAG de diferentes fontes, mas serve de indicação sobre a tendência da evolução de casos graves do novo coronavírus no Brasil.

Segundo a Fundação, dos 51.553 casos da síndrome com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório durante 2021, 95,4% tiveram como agente o Sars-CoV-2. Uma das principais complicações da Covid-19 é exatamente a SRAG.

No Ceará, em Santa Catarina e em Tocantins, a probabilidade de alta é forte, pois passa dos 95%. Além disso, tendem a um aumento de casos de SRAG a Bahia, o Espírito Santo, a Paraíba, Pernambuco e o Rio Grande do Sul. No caso desses estados, a probabilidade de aumento é menor, entre 75% e 95%.

O Ceará e a Paraíba acumulam ao menos seis semanas consecutivas com sinal de crescimento, enquanto o Tocantins já está na quinta semana seguida de alta. O Amazonas apresentou forte tendência de queda nos casos de SRAG, com probabilidade maior que 95%, enquanto Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo têm tendência moderada de queda.

Outros estados

Os demais estados e o Distrito Federal foram considerados com tendência de estabilidade, o que significa que há uma probabilidade menor que 75% tanto para alta quanto para queda de casos. Os pesquisadores responsáveis pelo boletim alertam que, apesar disso, Alagoas, Goiás, Maranhão e Rondônia estabilizaram o patamar de casos após longo período de crescimento.

Outra ponderação é que “a tendência registrada para Mato Grosso não é confiável, uma vez que se mantém a grande diferença entre os dados de SRAG do estado reportados no SIVEP-gripe, utilizados pelo InfoGripe, e aqueles notificados no sistema próprio do estado, com grande subnotificação no SIVEP-gripe”.

Histórico do SRAG

Segundo a análise, 794,5 mil casos de SRAG foram reportados desde 2020, sendo que 92.685 casos são referentes ao ano epidemiológico 2021.

Já neste ano, 51.553 (55,6%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, com 15.046 (16,2%) negativos, e ao menos 16.675 (18,0%) aguardando resultado laboratorial.

Dentre os positivos, 0,6% eram de vírus sincicial respiratório (VSR); e 95,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19), sendo 0% para Influenza A e B.

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