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Número de mortes pela Ômicron é “mais do que trágico”, diz OMS

Meio milhão de mortes por Covid-19 foram registradas no mundo desde a detecção da variante, mesmo com vacinação

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Na ilustração colorida, vários vírus são representado
1 de 1 Na ilustração colorida, vários vírus são representado - Foto: Andriy Onufriyenko/ Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou o número de mortes pela variante Ômicron “mais do que trágico”. Desde a detecção da variante, meio milhão de mortes por Covid-19 foram registradas no mundo. A declaração foi feita em encontro pelas redes sociais nessa terça-feira (8/2).

“Enquanto todos diziam que a Ômicron era mais leve, não percebiam que meio milhão de pessoas morriam desde que a variante foi detectada”, observou o gerente de incidentes da OMS, Abdi Mahamud. “Na era das vacinas eficazes, meio milhão de pessoas morrem, isso é realmente algo mais do que trágico”, pontuou.

A Ômicron foi descoberta no fim de novembro de 2021, na África do Sul, e rapidamente se espalhou pelo mundo. Ela é tida pelas autoridades sanitárias como extremamente transmissível, apesar de ser menos agressiva que a variante Delta. Ainda assim, a grande capacidade de transmissão tem levado a um grande número de óbitos.

No Brasil, a chegada da Ômicron levou a uma explosão de casos no início de 2022, que veio acompanhada da sobrecarga a sistemas de saúde, com volta da escassez de leitos de UTI em diversas cidades. Também é creditado à Ômicron o aumento no número de mortes.

Na terça-feira, o Brasil registrou 1.189 mortes provocadas pela Covid-19. Com isso, a média de óbitos diários subiu para 820 — a maior desde 19 de agosto de 2021. O número representa uma alta de 124% em relação ao verificado há 14 dias.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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