Morte de morcegos por vírus da raiva põe em alerta rede de saúde em SP
Profissionais da rede de atendimento de saúde estão orientados para observar eventuais sintomas da doença em pessoas e animais domésticos
atualizado
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Após capturar cinco morcegos contaminados pela raiva nas últimas semanas, a rede pública de saúde entrou em alerta, em Botucatu, cidade do interior de São Paulo. Neste sábado (6), a Vigilância Ambiental em Saúde fará um mutirão para vacinação de cães e gatos que não receberam a vacina em 2017. Profissionais da rede de atendimento estão orientados para observar eventuais sintomas da doença em pessoas e animais domésticos.
O objetivo é evitar que a raiva, doença infecciosa aguda e de cura difícil, chegue ao homem. O último caso da doença em humanos, em São Paulo, foi registrado em 2001 e evoluiu para óbito.
A Secretaria de Saúde divulgou alerta para que as pessoas não toquem os morcegos caídos – vivos ou mortos -, devendo cobrir o animal com um balde ou caixa de papelão e entrar em contato com a Vigilância.
O supervisor de Saúde Ambiental e Animal, Valdinei Campanucci, lembra que os morcegos, presentes nos ambientes urbano e rural, são essenciais à preservação do ecossistema, por isso não devem ser caçados ou mortos.
“Entre outubro e o final de fevereiro, período de reprodução da espécie, muitos morcegos jovens arriscam os primeiros voos e não conseguem encontrar o caminho de volta ao abrigo, por isso acabam caindo”, relata.
Segundo ele, os morcegos são os principais reservatórios do vírus da raiva e, embora não sejam animais agressivos, podem morder caso se sintam acuados, transmitindo a doença se estiverem contaminados.
Das sete pessoas que morreram no Brasil pela raiva nos últimos três anos, três pegaram o vírus por meio de morcegos, outras três de gatos e apenas uma por mordedura de cão, segundo dados do Ministério da Saúde. No estado de São Paulo, em 2017, o vírus da raiva foi encontrado em 91 morcegos – três deles hematófagos -, 31 bovinos, 27 equinos, três caprinos e ovinos e um cão. O caso de raiva canina foi registrado em Jacupiranga, no Vale do Ribeira.