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Modelo matemático projeta fim do coronavírus no Brasil até agosto

Estudo feito em Singapura usa dados sobre o comportamento do vírus para prever os próximos meses. Atualização é diária

atualizado

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Coronavírus Covid-19 ilustração
1 de 1 Coronavírus Covid-19 ilustração - Foto: Arte/Metrópoles

Um estudo feito em Singapura a partir de modelos matemáticos complexos tenta responder à pergunta do momento: quando a pandemia do coronavírus vai acabar? A estimativa é mais otimista do que a maioria das previsões feitas por profissionais ligados à área da saúde e aponta que o mundo vai superar a pandemia até meados de dezembro deste ano. Para o Brasil, o cenário é mais favorável, segundo os responsáveis pela pesquisa: venceremos a Covid-19 entre 1º de junho e 23 de agosto deste ano.

A estimativa usa boletins das autoridades de saúde em 131 países com a evolução dos casos, incluindo tempo de hospitalização dos pacientes, e é atualizada diariamente com as novas informações, o que faz as datas previstas para o fim da epidemia variarem ao longo do tempo. No caso dos números do Brasil citados nesta reportagem, os dados se baseavam na situação em 27 de abril.

Veja o gráfico que a Singapore University of Technology and Design produziu sobre a evolução do novo coronavírus no Brasil:

Estudo prevê a evolução do coronavírus no país

Responsável pela sondagem, o pesquisador Jianxi Luo defende, em trabalho voltado a explicar sua metodologia, que “a evolução da Covid-19 não é completamente aleatória” e, por isso, estimar uma data para o fim da pandemia é “importante mentalmente para cada pessoa e estruturalmente para guiar o planejamento dos países. Mas é naturalmente difícil, dada a incerteza inerente ao futuro”.

O modelo estima que a China, país onde foram registrados os primeiros casos do novo coronavírus em humanos no final do ano passado, deve superar a Covid-19 ainda em abril. Nações em que o desaparecimento do vírus provavelmente será mais demorado – por exemplo, Catar e Bahrein – devem enfrentar a pandemia até fevereiro de 2021, segundo o modelo.

Jianxi Luo também registra que fatores climáticos e comportamentais, além de quarentenas impostas por diferentes regiões, influenciam o comportamento e o tempo de duração da pandemia. Ele garante que esses fatores são considerados no estudo.

O pesquisador conclui o trabalho sobre a metodologia lembrando que a estimativa pode falhar e que “otimismo em excesso pode ser perigoso”. E salienta no documento: “A realidade é que o futuro é sempre incerto. Ninguém previu o surto de Covid-19 em outubro ou novembro de 2019, embora Bill Gates tenha alertado sobre o dano potencial de uma doença infecciosa global ao mundo durante uma conversa TED em 2015”.

Segundas ondas
O aparente otimismo nas previsões do modelo matemático de Singapura pode ter relação com a imprevisibilidade de mais ondas de contágio nos locais em que a pesquisa aponta para o esgotamento da pandemia, como a própria China.

Profissionais de saúde trabalham com essa possibilidade em suas projeções. O médico e vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, por exemplo, avalia que a imunização em grande escala da população do mundo poderá levar até dois anos. Isso se uma vacina for descoberta nesse período.

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