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Ministro pede ajuda à OMS para obrigar venezuelanos a serem vacinados

O pedido foi feito em razão do grande número de casos de sarampo que têm sido notificados em Roraima, a partir da vinda de venezuelanos

atualizado

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Wilson Dias/ Agência Brasil
Ministro Ricardo Barros concede sua primeira coletiva
1 de 1 Ministro Ricardo Barros concede sua primeira coletiva - Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

O governo brasileiro pediu nesta quarta-feira (21/3) ajuda ao presidente da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, para alterar o acordo assinado entre membros da Organização Pan -Americana de Saúde (Opas), para conseguir obrigar venezuelanos a tomar vacinas ao entrar em território brasileiro. A informação foi dada em Brasília pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou, junto com Adhanom, de evento na Câmara dos Deputados.

O pedido foi feito em razão do grande número de casos de sarampo que têm sido notificados em Roraima, a partir da vinda de venezuelanos para o Brasil. “Eu pedi ao doutor Tedros, que é o presidente da OMS, que nos autorize a exigir que todos os venezuelanos que venham para o Brasil sejam vacinados na fronteira porque [essa situação] tem nos causado problemas sérios de saúde no Brasil. Essa decisão não é dele. Nós assinamos uma acordo multilateral com todos os países que compõem a Organização Pan-Americana de Saúde. O Brasil é signatário desse acordo que não permite impor a vacina a qualquer cidadão que transite entre os países. É uma situação emergencial e, sendo uma situação emergencial, nós estamos negociando com ele a maneira de resolver esse problema”, explicou.

Segundo o ministro, o Brasil já registrou óbitos e tem 100 casos de sarampo notificados, três deles em brasileiros. Ele afirmou que pretende reforçar a solicitação sobre este tema ao presidente Michel Temer, em encontro nesta quarta-feira no Palácio do Planalto.

Alto custo
O ministro da Saúde também comentou a liberação pela Anvisa de medicamentos de alto custo, usados no tratamento de pacientes com doenças raras. A importação dos medicamentos havia sido suspensa pela Agência sob o argumento de que a empresa vencedora da licitação, a Global Gestão em Saúde S. A, não tinha a documentação necessária para comprovar a segurança na distribuição dos medicamentos. A Anvisa recuou após duas decisões judiciais. Na última delas proferida no domingo (18), o juiz Rolando Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou que a Anvisa dispensasse a Global Gestão em Saúde S. A da exigência de apresentar a documentação.

Barros afirmou que, a partir da autorização para importação em quatro dias, os medicamentos Aldurazyme, Myozyme e Fabrazyme estarão à disposição dos pacientes. Só este último chega a custar R$20 mil.

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