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Ministério da Saúde lança projeto de saneamento básico para mulheres

Iniciativa promove políticas públicas relacionadas ao saneamento rural às mulheres que vivem em regiões de seca e de difícil acesso à água

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Arquivo/Agência Brasil
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1 de 1 saneamento_basico_arquivo_agencia_brasil - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (12/9), o projeto “Transformando a vida das Marias”, com foco em mulheres que sofrem com a falta de saneamento básico. O objetivo é integrar e promover políticas públicas relacionadas à água e saneamento rural à população mais vulnerável, principalmente mulheres que vivem em regiões de seca e de difícil acesso à água tratada.

A iniciativa da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), vai contemplar 18 municípios da Paraíba, selecionados por possuírem população vulnerável e renda per capita baixa. O anúncio do projeto ocorreu na sede do ministério com a participação de várias autoridades, incluindo a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Durante a cerimônia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga reforçou o compromisso do governo em destinar os subsídios necessários para transformar a vida dessas mulheres.

“É inconcebível que em pleno século 21 as pessoas não tenham acesso à água tratada em um país como o Brasil, uma das 10 maiores economias do mundo. Nós que compomos o Ministério da Saúde temos esse compromisso junto com outros órgãos públicos. Nós precisamos conhecer melhor o que acontece nas regiões do semi-árido brasileiro. Há carência de água tratada mesmo em locais onde a água é abundante”, destacou Queiroga.

Na visão dele, o que tem impedido o acesso das mulheres ao saneamento básico é a corrupção. “Por quê isso não aconteceu de maneira própria? Uma das justificativas é desvio de recursos públicos. É a pandemia de corrupção que se instalou em um passado recente no Brasil. E o desvio de recursos públicos mata mais que o vírus”, apontou Queiroga.

Eixos de atuação

A iniciativa prevê três eixos de atuação: a realização de oficinas rurais de conscientização de gênero, uma inédita pesquisa de coleta de dados para entender o impacto na vida dessas mulheres e a capacitação de gestores públicos e lideranças no saneamento sobre a importância da representatividade de gênero.

“A primeira-dama tem os olhos voltados para políticas públicas relacionadas ao sonho de todas as mulheres terem acesso à água. Investindo em saneamento básico muitas vidas se transformarão”, exaltou a diretora de Saúde Ambiental da Funasa, Deborah Roberto.

A diretora presidente da Agência Nacional de Água, Verônica Sanches, afirmou que será feito um repasse adicional para que outras regiões do país tenham a oportunidade de ver essas iniciativas postas em ação. “A legislação nova traz um conjunto de mecanismos para que haja possibilidade de regionalização da prestação de serviços para que todos possam ter acesso a ele de forma integrada”.

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