Ministério da Saúde intensifica vacinação de sarampo em crianças
Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira garantiu que o ministério tem estoque suficiente para imunização em todo o país
atualizado
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O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (20/08/2019) novas estratégias para combate ao recente surto de sarampo que atingiu diversos estados do país e o atual balanço sobre os casos da doença no Brasil. Segundo dados do órgão, neste ano já foram registrados 1.680 casos ativos, de janeiro até a última semana de agosto.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, duas doses da vacina serão aplicadas, em crianças a partir dos 12 meses até pessoas com 29 anos, e uma dose para a população de 30 a 49 anos. Além disso, a dose zero será aplicada em crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias.
O ministério indica ainda aos estados o bloqueio vacinal, que, em caso de surto ativo, consiste em vacinar todas as pessoas que tiveram ou têm contato com aquele caso suspeito em até 72h.
O secretário afirmou ainda que já foram distribuídas, em todo o Brasil, 10.509.826 doses da vacina. Wanderson afirmou que a campanha de vacinação foi reforçada nos estados e municípios e garantiu que o Estado tem estoque suficiente para vacinação em todo o país.
Wanderson garantiu que não há nenhum dado de óbito confirmado no país. “Casos suspeitos sempre tem, mas não especificamente pelo sarampo”, completou.
Dados
São Paulo ainda é a cidade com mais casos de sarampo registrados, com 98,9% de registros, índice que corresponde a 1.662 casos. A lista segue com Rio de Janeiro, com seis; e Pernambuco, com quatro.
Dados do ministério também mostram que os mais atingidos pela doença são crianças com menos de 1 ano – 228 casos registrados.
Quem precisa se vacinar?
De maneira geral, a indicação das áreas de saúde é para que as pessoas que não recordam se tomaram ou não as duas doses da vacina voltem aos postos de saúde para se vacinar. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de, no mínimo, 30 dias. Se estiver na faixa etária entre 30 e 49 anos, o cidadão poderá tomar apenas uma dose e, se tiver mais de 50 anos, não precisa tomar.
Além disso, quem já teve sarampo uma vez não precisa tomar reforço, a quantidade de anticorpos produzidos durante a enfermidade será suficiente para o resto da vida. Em geral, a decisão do poder público sobre oferecer ou não o reforço para toda população está sendo baseada no grau de circulação do vírus.