Ministério da Saúde cobra medidas do CFM contra médicos antivacina
Ministra da Saúde, Nísia Trindade, classifica desinformação sobre segurança das vacinas como “ação criminosa”
atualizado
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O Ministério da Saúde encaminhou um documento ao Conselho Federal de Medicina (CFM) em que solicita explicações sobre medidas adotadas para repreender médicos que divulgam informações falsas sobre as vacinas. A informação foi publicada pela coluna da Mônica Bergamo e confirmada pelo Metrópoles.
No documento, o secretário-substituto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mauro Niskier Sanchez, declara que a desinformação sobre o processo de imunização da população por parte de trabalhadores da área da saúde traz prejuízos à população.
O ministério declara ao CFM que irá lançar o Movimento Nacional pela Vacinação, que tem como objetivo colocar o Brasil como referência mundial em imunização. Além disso, a pasta afirma que as práticas de vacinação “têm permitido evitar milhões de mortes e incapacidades ao longo da história”.
Em nota, o CFM declara que promove campanha para esclarecer aos médicos e a à população a importância das vacinas. Em documento encaminhado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o conselho explica que adotou medidas para minimizar os impactos das informações falsas.
“Em nome dos médicos brasileiros, o CFM reitera o compromisso dessa categoria com o apoio às políticas públicas de imunização, as quais devem ser estimuladas para evitar a queda nos indicadores de cobertura vacinal cujo principal efeito deletério é a possibilidade de retorno de doenças como poliomielite, sarampo, rubéola, entre outras”, conclui a mensagem enviada à Secretária.
Vacinação
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou sobre os perigos da desinformação sobre as vacinas durante a abertura da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), nesta quinta-feira (30/3).
“Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a vacina bivalente (contra a Covid-19). Isso é extremamente sério, e eu tenho destacado que não se trata de desinformação, se trata de ação criminosa”, destacou a ministra Nísia Trindade.
Dados da plataforma LocalizaSUS mostram que o Brasil já aplicou mais de seis milhões de doses de vacinas Covid-19 bivalentes.
Confira o público alvo da bivalente:
- Idosos de 60 anos ou mais de idade;
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores;
- Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade;
- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade);
- Gestantes e puérperas; Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade);
- População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas; e
- Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade.