Ministério da Saúde apaga postagem sobre compra de doses da Coronavac
Exclusão das publicações ocorreu após fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que determinou o cancelamento da intenção de compra
atualizado
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Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cancelar a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, o perfil do Ministério da Saúde no Twitter apagou publicações em que confirmava a intenção da aquisição da vacina contra o novo coronavírus.
Na mensagem, a pasta dizia que havia firmado “assinatura de protocolo de intenções” para compra dos imunizantes. A postagem é dessa terça-feira (20/10).
Há, ainda, uma outra publicação, complementando a postagem que foi excluída. Nesta, o ministro Eduardo Pazuello defende que a aquisição das doses de Coronavac “pretende reforçar a estratégia de proteção contra a Covid-19″.
“Somadas as três vacinas (AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac), o Brasil terá 186 milhões de doses a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021, já a partir de janeiro”, afirma a pasta na publicação.
Confira:
A exclusão das publicações ocorre após as vacinas chinesas terem comprovação científica contestada por Bolsonaro, em sua disputa com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Mais cedo, o mandatário do país confirmou que “já mandou cancelar” o protocolo de intenções para a aquisição.
A declaração foi dada em Iperó, no interior paulista, onde o chefe do Executivo cumpre agenda nesta quarta-feira (21/10). Segundo Bolsonaro, “houve uma distorção”, por parte de Doria, no entendimento do governador sobre o protocolo de intenções.
“Já mandei cancelar, se ele assinou. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade, até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, frisou.
O mandatário do país ressaltou que Doria foi à imprensa ao fim de videoconferência com Pazuello para anunciar o protocolo de aquisição. “Essas são as palavras dele. Inclusive, tem um vídeo, de poucos dias, em que ele disse que obrigaria aproximadamente 40 milhões de habitantes de São Paulo a se vacinar. Isso é de uma decisão autoritária que dispensa comentários”, criticou.