“Medidas extremas devem ser adotadas localmente”, defende Queiroga
Ministro da Saúde quer maior aporte de vacinas e aumento da velocidade da imunização contra a Covid-19
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta segunda-feira (29/3) maior aporte de vacinas contra a Covid-19 e aumento da velocidade de imunização. E afirmou que “medidas extremas”, como lockdown, devem ser adotadas de maneira localizada.
“Precisamos de um aporte maior de vacinas para ampliar a imunização da população brasileira”, disse o ministro em entrevista à CNN Brasil.
De acordo com Queiroga, o governo está determinado a ampliar o ritmo de vacinação. Sob seu comando, a pasta se comprometeu a imunizar 1 milhão de pessoas por dia. “Nós temos condições de fazer isso e até ampliar essa perspectiva”, disse ele citando as mais de 37 mil salas de vacinação do país e o reconhecimento do país como referência na imunização.
Com videoconferência agendada nesta segunda com o embaixador dos Estados Unidos, Todd C. Chapman, o ministro evitou defender um imunizante específico. “Do ponto de vista prático, o que interessa é a vacina no braço do paciente, seja ela AstraZeneca, Pfizer, Moderna, Coronovac”, disse. “Vacina é vacina”, completou.
Enquanto não se chega a uma imunização ampla, o titular da pasta da Saúde defendeu apertar as precauções. Questionado sobre a adoção de um lockdown nacional, Queiroga disse que medidas extremas devem ser adotadas apenas localmente.
“Medidas mais extremas devem ser adotadas de maneira localizada. O que não se pode é pensar que um lockdown nacional, sem que se faça dever de casa antes, seja a solução para um problema como este.”
Queiroga afirmou ainda ter recebido autonomia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para montar uma equipe técnica na pasta, mas reiterou que deve haver alguma continuidade, dado que é o mesmo governo.
Uso de máscaras
Como tem pregado desde que assumiu o ministério, Queiroga defendeu intensificação de medidas para restringir a circulação do coronavírus, a exemplo das máscaras de proteção facial. “Precisamos intensificar as medidas para bloqueio da circulação do vírus, como, por exemplo, uso de máscaras.”
O ministro defendeu campanha de conscientização para o uso de máscaras, em vez de legislações para obrigar a utilização do item.
“Não é por lei, colocando multa, que vamos conseguir adesão da sociedade. A gente consegue por meio de campanhas educativas. É fundamental que cada um se conscientize, evitem festas, aglomerações desnecessárias”, frisou.