Mandetta sobre isolamento: “Alguns acham que foi exagero”
O ainda ministro da Saúde reconheceu queda iminente: “Há descompasso, mas eu trabalho”. E reafirmou que não pedirá demissão
atualizado
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O ainda ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, concede entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (15/04) no Palácio do Planalto e admite que “claramente há descompasso” em sua relação com o presidente Jair Bolsonaro, mas que seguirá trabalhando. “Eu deixo muito claro: deixo o Ministério da Saúde em três situações, quando o presidente não quiser mais o meu trabalho; se pegar uma gripe dessas ou algo que me tire do serviço, e a terceira quando eu sentir que trabalho feito não é mais necessário que seja continuado”.
A fala do ministro, até agora, não teve ataques ao presidente Bolsonaro, mas provocações. “Alguns acham que foi exagero, que não deveria, mas passamos, logo no início dos casos, por uma adesão muito grande da sociedade brasileira ao isolamento social. A população se apropriou da informação que passava na TV, de outros países, e se preservou. É o instinto de proteção à vida”, disse.
Para Mandetta, esse isolamento claramente está ajudando a achatar a curva de infecção.
Casos crescem 12% em um dia
O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta quarta-feira (15/04) a atualização no número de casos de coronavírus no Brasil. São 28.320 diagnósticos confirmados da doença (um aumento de 13% em relação aos dados desta terça (14/04)). A quantidade de mortos também cresceu e chegou a 1.736 — nas últimas 24 horas, foram registrados 204 óbitos.