Macaco achado no Pará testa positivo para febre amarela, diz instituto
Instituto científico Evandro Chagas informou que constatou a doença no primata ao realizar teste de biologia molecular
atualizado
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Um macaco encontrado na zona rural do município de Rurópolis, no oeste do Pará, apresentou resultado positivo para febre amarela. O Instituto Evandro Chagas, sediado na capital, Belém, informou, por meio de nota à imprensa, que constatou a doença por meio de teste de biologia molecular.
A instituição científica acrescentou que comunicou o resultado do teste à Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) e ao Ministério da Saúde.
Surto
O governo federal reconheceu situação de emergência em 64 cidades devido ao surto de febre amarela. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20/2) pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Minas Gerais concentra o maior número de casos de pessoas infectadas.
Também não há mortes suspeitas entre os moradores das três cidades. Por outro lado, como são municípios mais estruturados, suas unidades de saúde estão recebendo pacientes de cidades vizinhas.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, América Central e África. No meio rural e silvestre, a febre é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, nenhum dos casos em Minas Gerais é considerado urbano pelos órgãos públicos.
O surto atual já registra casos confirmados em 42 municípios mineiros. Em mais 84 cidades do estado há pacientes com suspeitas. A principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos. No caso de crianças, o Ministério da Saúde recomenda a administração de uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos.
Confira a nota do Instituto Evandro Chagas:
“O Instituto Evandro Chagas informa que o exame do primata não humano (macaco) encontrado na zona rural do município de Rurópolis, no Oeste do Pará, apresentou resultado positivo para Febre Amarela mediante realização de teste de biologia molecular (RT-PCR em tempo real). O Instituto Evandro Chagas já notificou à 9ª regional-Santarém/SESPA, bem como o Ministério da Saúde.”
(Com informações da Agência Brasil)