Lacuna no Mais Médicos pode ampliar mortes precoces no Brasil
Segundo estudo realizado pela UFBA e instituições estrangeiras, falta de assistência médica deve atingir até 50 mil brasileiros
atualizado
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Amparados pelo Programa Mais Médicos, muitos brasileiros que moram em zonas isoladas do país foram salvos da morte. Agora, com a possível paralisação da iniciativa do governo federal, até 50 mil pessoas podem ser atingidas pela falta de assistência médica necessária e morrer precocemente, antes do 70 anos. A informação é do blog da Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
A afirmação vem de um estudo feito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), pelo Imperial College, de Londres, e pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos (EUA), que simulou cenários da saúde no Brasil.
“A maioria desses óbitos serão nas áreas mais pobres, aquelas que hoje são cobertas pelos doutores cubanos [que pertencem ao Programa Mais Médicos]”, afirma Davide Rasella, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e um dos autores do estudo.
Na quarta-feira (14/11), o governo de Cuba anunciou a saída do Programa Mais Médicos devido a declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que exigiu modificações “inaceitáveis” no projeto.