Instituto Butantan negocia venda da Coronavac para países latinos
Segundo o diretor Dimas Covas, a Argentina é o país da América Latina com a negociação mais “avançada”
atualizado
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São Paulo – O Instituto Butantan anunciou nesta quarta-feira (23/12) que está negociando contratos de distribuição da Coronavac com países latinos — com a Argentina, a negociação estaria “avançada”. No entanto, o instituto ainda espera a inserção da Coronavac no Programa Nacional de Imunização brasileiro. Para que isso aconteça, o resultado da fase 3 dos testes, que mede a eficácia da vacina deveria ser anunciado nesta quarta-feira (23/12).
Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, o anúncio da taxa de eficácia teve de ser adiado, porque a farmacêutica Sinovac, que criou o imunizante, ainda estaria consolidando dados de testes da Turquia e da Indonésia para apresentar uma taxa unificada à agência reguladora de medicamentos chinesa.
Apesar disso, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e Dimas Covas garantiram que a vacina “superou o limiar de eficácia” e ambos esperam que “a vacina proteja brasileiros não apenas de São Paulo, mas de todo o Brasil”.
“Apesar da não revelação de dados no sentido de valores específicos de eficácia, nós sabemos da superioridade deles o que nos dá a tranquilidade de podermos consagra-los no programa estadual de imunização e aguardamos também a inserção dessa vacina no Programa Nacional de Imunização”, disse Gorinchteyn.
Enquanto o programa brasileiro de imunização ainda está no horizonte, Dimas Covas disse nesta quarta-feira (23/12) que o Instituto Butantan está com negociações até avançadas com outros países da América Latina.
“Existem contratos já em fase de assinatura, e o que está mais adiantado nesse momento é com a Argentina. Nós devemos firmar esse acordo ainda nesta semana ou na próxima. Existem outros contratos em discussão com Uruguai, Peru, Equador e Honduras. Também faremos uma oferta para a Organização Panamericana da Saúde, através de uma licitação.”
Segundo Covas, o Butantan tem a exclusividade em negociar com países da América Latina, com exceção do Chile, que tem um contrato específico com a Sinovac, farmacêutica chinesa que criou a Coronavac.