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Guillain Barré: alerta sanitário no Peru tem baixo risco para o Brasil

Ministério da Saúde diz que doença não é transmissível de pessoa para pessoa, e que, por isso, considera-se que há baixo risco para o Brasil

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Hugo Barreto/Metropoles
Coletiva de imprensa no Ministério da Saúde
1 de 1 Coletiva de imprensa no Ministério da Saúde - Foto: Hugo Barreto/Metropoles

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (11/7) que monitora a situação de emergência sanitária causada pela Síndrome de Guillain Barré no Peru. A pasta ressalta que a doença não é transmissível de pessoa para pessoa, e que, por isso, considera-se que há baixo risco para o Brasil.

No último sábado (8/7), o Peru declarou situação de emergência nacional, por 90 dias, devido à alta da incidência da doença. De acordo com o alerta, até aquele momento foram registrados 182 casos em 2023. Destes, 31 pacientes estavam internados, 147 receberam alta hospitalar e quatro morreram com a doença.

O Peru tem fronteira com grande parte do Acre e com o Amazonas, e o Ministério da Saúde esclarece que “a avaliação de cenário aponta que não há necessidade de restrição de turismo, comércio e/ou circulação de pessoas”, segundo nota da pasta.

“Uma nota técnica está sendo enviada às secretarias estaduais de saúde reforçando que a situação até o momento é de baixo risco para o país”, acrescenta.

O que é a síndrome?

O Ministério da Saúde do Brasil explica que a síndrome é relativamente pouco frequente, de padrão autoimune, e afeta o sistema nervoso periférico. O quadro pode ser desencadeado por vários fatores, mas cerca de 75% dos casos ocorrem devido a algum processo infeccioso. A síndrome não é de notificação compulsória no Brasil, mas surtos epidêmicos são monitorados. Em 2015, o país registrou um surto da doença na Bahia.

Tanto bactérias quanto vírus podem desencadear casos de Guillain Barré, e os sintomas da síndrome podem aparecer durante a fase aguda das infecções ou após a recuperação dos pacientes. Há registros da síndrome associada a bactérias causadoras de diarreia e a infecções virais como dengue, zika, chikungunya, citomegalovírus, Epstein-Barr, sarampo, influenza A, enterovirus D68, hepatite A, B e C, HIV, entre outros.

No Peru, a doença já havia causado um surto em 2019, com 900 casos. Naquele episódio, os adoecimentos foram associados à presença da bactéria Campylobacter jejuni, causadora de quadros de diarreia. Em 2020, foram registrados 448 casos, em 2021 foram 210 casos; e, em 2022, um total de 225 casos. Até o momento, ainda não há informação quanto ao agente infeccioso associado ao surto atual no Peru.

Com informações da Agência Brasil.

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