Greve de caminhoneiros faz governo estender vacina contra gripe
Sem transporte ou com pouco combustível, muitas pessoas não conseguiram chegar até os postos de saúde da cidade
atualizado
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Por causa da baixa cobertura vacinal e da greve dos caminhoneiros, o governo federal estendeu a vacinação contra a gripe em postos de saúde de todo o país até o dia 15 de junho. De acordo com balanço do Ministério da Saúde, faltam 18,8 milhões de pessoas a serem imunizadas em todo o Brasil. Até agora, somente 66% do público-alvo recebeu a proteção.
Segundo a pasta, até terça-feira (29/5), estoques de vacinas estavam em níveis normais. O problema era justamente a redução do comparecimento aos postos – também ligadas às dificuldades de locomoção criadas pela greve.
Pelo cronograma inicial, a campanha terminaria no dia 1º de junho. Foram registrados até agora 2.088 casos de gripe no país, com 335 mortes. O tipo mais grave foi o H1N1 e 70% dos pacientes que chegaram à óbito se enquadravam em algum fator de risco.
Quem deve tomar
Idosos, gestantes, crianças de 6 meses a 5 anos e portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como diabete e hipertensão, estão na lista do público-alvo. Também entram na prioridade professores, profissionais de saúde e detentos.
Baixa cobertura
Até segunda-feira (28/5), foram vacinadas 35,6 milhões de pessoas no país. A maior cobertura é de puérperas (mulheres que deram à luz há pouco tempo), com 78,1%, seguido pelos idosos (75,2%). Ainda faltam 18,8 milhões a serem vacinados.