Governo lança campanha de R$ 15 milhões para prevenir DSTs
Objetivo é conscientizar os jovens de 15 a 29 anos sobre a importância do uso do preservativo
atualizado
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O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (31/10/2019) a nova campanha de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST). O investimento total da ação é R$ 15 milhões.
A campanha “Sem camisinha você assume o risco”, que tem início nesta sexta-feira (01/11/2019) e termina na primeira quinzena de dezembro, tem o objetivo de conscientizar jovens de 15 a 29 anos sobre a importância do uso do preservativo, além das consequências que algumas dessas infecções causam no corpo e no organismo de quem não se protege adequadamente e é contaminado.
As principais doenças que serão abordadas na campanha são herpes genital, sífilis, gonorreia, HIV, HPV, hepatites virais B e C. O material em vídeo será exibido nos meios de comunicação e mostrará as reações de jovens ao verem fotos dos sintomas que algumas doenças provocam.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a ideia do vídeo é fazer com que os jovens conheçam as infecções e sintomas, “uma vez que o diagnóstico precoce é mais fácil quando a pessoa conhece a doença”.
A campanha ainda vai contar com depoimentos reais de pessoas que já tiveram alguma infecção sexualmente transmissível e falam sobre como pegaram e como lidaram com a situação.
Veja abaixo:
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 1 milhão de novas infecções por dia. Doenças antigas, que remontam à Idade Média, como a sífilis, por exemplo, ainda hoje podem ser consideradas uma epidemia.
No Brasil, os casos de sífilis aumentaram 32% se comparados os anos de 2018 e 2017. No ano passado, foram registrados mais de 158 mil casos, ante mais de 119 registrados em 2017.
A hepatite C representa o maior número de casos: 12,6 para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde de 2018.
Sobre as ISTs
As infecções sexualmente transmissíveis são causadas por mais de 30 vírus e bactérias. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada.
O atendimento e o tratamento são ofertados de forma gratuita nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
A presença de ISTs no organismo de uma pessoa aumenta em até 18 vezes a chance dela ser infectada pelo HIV, o vírus da AIDS. Isso porque para ser infectado pelo HIV, a relação, além de contato com secreções, precisa ter contato com sangue. As ISTs causam lesões nos órgãos genitais, aumentando a vulnerabilidade para a pessoa adquirir o HIV.