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Governo inclui caminhoneiros no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19

Inclusão dos trabalhadores de transporte ocorre em meio à ameaça de paralisação da categoria. Pasta da Infraestrutura defendeu medida

atualizado

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Protesto de caminhoneiros
1 de 1 Protesto de caminhoneiros - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com paralisação geral de caminhoneiros agendada para o próximo dia 1º de fevereiro, o governo federal incluiu profissionais da área de transporte no grupo prioritário na campanha de vacinação contra a Covid-19. O novo informe técnico, divulgado esta semana, acrescenta ao grupo trabalhadores dos setores rodoviário, ferroviário, portuário, aquaviário e aéreo.

Além dos caminhoneiros, também entram na lista portuários, incluindo aqueles que atuam na área administrativa, funcionários das companhias aéreas nacionais, de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas, de empresas brasileiras de navegação e motoristas e cobradores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso.

O Ministério da Infraestrutura atuou em prol da inclusão dos trabalhadores por considerar que os mencionados segmentos prestam serviços essenciais.

“Essa é uma grande notícia para nossos trabalhadores que continuaram, mesmo durante toda a pandemia, prestando um grande serviço ao nosso país. Esses profissionais terão o suporte do governo federal para garantir a vacinação como grupo prioritário, e vamos garantir segurança e as condições que eles precisam para continuar nas estradas, nos portos e nas ferrovias”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) comemorou a inclusão dos segmentos. A entidade vinha pressionando o governo federal desde dezembro.

“Por serem considerados essenciais para o desenvolvimento do Brasil, o Ministério da Saúde atendeu a reinvindicação da CNT. Esse é um reconhecimento da importância do trabalho que vem sendo desempenhado pelo setor, essencial para a manutenção das atividades de todo o país”, afirmou o presidente da CNT, Vander Costa.

Iniciada esta semana, a vacinação começou pelo primeiro grupo prioritário, que inclui trabalhadores de saúde, pessoas com deficiência, brasileiros com 60 anos ou mais institucionalizados e população indígena aldeada.

O governo ainda não divulgou cronograma para vacinação dos demais grupos prioritários.

O Ministério da Saúde e a Presidência da República foram procurados para comentar a informação e esclarecer quando os trabalhadores de transporte devem ser vacinados. Até o momento, a reportagem não obteve resposta. O espaço segue aberto.

Paralisação

Os caminhoneiros protestam contra a alta do preço do combustível (em dezembro, o óleo diesel S10 era encontrado, em média, a R$ 3,683 no país, segundo dados da ANP) e o projeto de lei (PL) da BR do Mar.

Os motoristas pedem também a instituição de um piso mínimo de frete e o Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) “para todos”. O código ajuda a regulamentar e fiscalizar o pagamento do valor do frete.

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