Fiocruz enxerga aumento de casos positivos da Covid no Amazonas
Boletim InfoGripe desta sexta-feira (4/11) também indica aumento nos casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças de até 4 anos
atualizado
Compartilhar notícia
O Boletim InfoGripe produzido por pesquisadores da Fiocruz e publicado nesta sexta-feira (4/11) mostra que há ligeiro aumento nos casos positivos da Covid-19 no estado do Amazonas. A publicação analisa os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
De acordo com Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, o aumento pode estar relacionado “ao crescimento nos casos de Srag na população adulta” da região. Nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Distrito Federal, há alta nos casos de influenza A.
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem a maior predominância, sobretudo nos casos em crianças de até 4 anos. A prevalência de casos positivos de VSR está em 26,4%. No caso do Sars-CoV-2 (Covid-19), chega a 26%; e 19,9%, para influenza A. Já os casos de influenza B são 0,9% do total.
Apesar da alta na população de até 4 anos, o boletim indica estabilidade a curto prazo (três semanas) e longo (seis semanas) dos casos de Srag. “No cenário nacional, observa-se queda ou estabilidade em praticamente todas as faixas etárias da população adulta”, mostra a Fiocruz.
Dez das 27 unidades da Federação tiveram “crescimento moderado na tendência de longo prazo”: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco e São Paulo. Na maior parte destas, a alta está concentrada nos casos em crianças e adolescentes. Mas, em Alagoas, Amazonas e Pernambuco, o crescimento também está presente na população adulta ou a partir dos 60 anos.
Entre as 27 capitais, 12 também apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo no período: Aracaju (SE), Belém (PA), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).
“Na maioria das capitais que apresentam crescimento, ele é concentrado predominantemente em crianças. As exceções são Manaus e Recife, que mostram crescimento nas faixas etárias acima de 60 anos”, explica a Fiocruz.