Fiocruz desenvolve teste que pode detectar variantes do coronavírus
Método começou a ser usado no Carnaval. Do total, 70% do grupo de 500 pessoas apresentaram resultado positivo para a variante brasileira P.1
atualizado
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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu um teste do tipo RT-PCR para detectar de forma rápida as novas variantes da Covid-19. Segundo a fundação, o método consegue identificar mutações comuns às cepas do Brasil, Reino Unido e África do Sul.
Os testes começaram no Carnaval e foram aplicados em um grupo de 500 pessoas. Do total, 70% apresentaram resultado positivo para a variante brasileira P.1.
“A ferramenta é um produto inovador que foi desenvolvido no nosso laboratório. Existem outros protocolos semelhantes, o que nos dá uma confiança muito grande no resultado”, explicou o pesquisador da Fiocruz, Felipe Naveca.
O Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) será o primeiro a usar o produto. Além disso, os kits também estão sendo enviados para Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul, Ceará e Rio de Janeiro.
“A gente não tem condições de atender a todos, no primeiro momento, porque a quantidade dos insumos comprados não é suficiente para mandar para o Brasil inteiro, mas com essa validação em escala maior, poderemos ter isso em maior quantidade”, comenta Naveca.
Nova variante
Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil já identificou novas variantes em exames de 204 pacientes com o coronavírus. São 20 casos da variante do Reino Unido e 184 da brasileira, originada no Amazonas. Não há casos confirmados de infectados com a variante da África do Sul.
O levantamento foi feito pela Secretaria de Vigilância em Saúde a partir das notificações recebidas pelas secretarias estaduais da saúde. Os dados foram contabilizados até 20 de fevereiro.